Os beneficiários do Bolsa Família precisam ficar atentos nos próximos meses. Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), o governo realizou “cortes significativos” na folha de pagamento do programa social.
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A ex-candidata a presidente da República detalhou que os benefícios cancelados são de famílias unipessoais, aquelas compostas por apenas um integrante, cujos cadastros apresentam inconsistências. Esse modelo “cresceu de tal forma que gerou uma série de irregularidades”, segundo a ministra.
Para ampliar o acesso de quem realmente precisa do benefício e reduzir a fome no Brasil, o governo terá que resolver os problemas nos cadastros. Segundo Tebet, sua pasta está à disposição do ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Vamos estar à disposição do ministro Wellington Dias para colocar o planejamento, a questão orçamentária e o Sérgio Firpo da avaliação e monitoramento”, afirmou em entrevista ao Estadão.
Equipe forte
Além de se colocar à disposição de Dias, Tebet declarou que o governo pretende trazer para o processo de reestruturação do programa pessoas que já trabalharam no campo social. O mesmo vale para a reconstrução do Minha Casa, Minha Vida, substituído pelo Casa Verde Amarela durante o governo Bolsonaro.
“Por exemplo: eu fui do grupo de transição e conheço bem o Cadastro Único do Bolsa Família. O CadÚnico é a alma de todos os programas sociais. Ele tem de ser remodelado”, disse a ministra.
Trabalho gradativo
Tebet acredita que o “pente-fino” do Bolsa Família será realizado de forma gradativa. Segundo ela, os bloqueios terão duração inicial de 60 dias e serão feitos a partir de fevereiro ou março.
“Quem se sente prejudicado, vai um cartãozinho, e farão a averiguação se se enquadra ou não”, aconselha.
Os beneficiários que estão recebendo os pagamentos de forma irregular também terão a opção de sair do programa voluntariamente, segundo antecipou o ministro do Desenvolvimento Social. Mais detalhes serão divulgados pelo governo nos próximos dias.
