Pessoas que se cadastraram no Auxílio Brasil como famílias unipessoal, ou seja, de uma pessoa só, ganharam a oportunidade de corrigir o erro pelo próprio aplicativo do Cadastro Único (CadÚnico). A ação do ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) tem o objetivo de acelerar o processo de recadastramento de benefícios pagos em duplicidade.
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Nesse sentido, o governo avalia mais de 5 milhões de cadastros com essa natureza. Vale lembrar que esse tipo de cadastro aumentou exponencialmente às vésperas da eleição presidencial do último ano.
Análise de cadastros
Segundo o MDS, o número de beneficiários subiu de 14 milhões para 22 milhões entre dezembro de 2020 e o final de 2022. Isso ocorreu justamente pelo aumento do número de cadastros de núcleos familiares compostos por um único membro.
Nesse sentido, um comunicado do ministério publicado na última quinta-feira, 16, “a partir da exclusão, essas pessoas poderão, sem pressa, buscar os locais de atendimento nas cidades e realizar o cadastramento correto de suas famílias”.
Por fim, o intuito é justamente evitar a sobrecarga nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). E também excluir pessoas que estejam recebendo o benefício de forma irregular.
Número de beneficiários que moram sozinhos
No total, são 4,9 milhões de beneficiários que declaram morar sozinhos. Na prática, esse número representa 22,7% do total de cadastros.
O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) reforçou que a inclusão às pressas de novas famílias antes das eleições fez com que não houvesse a total checagem dos critérios necessários. Em suma, de julho a novembro de 2022, o número de famílias cadastradas passou de 18,13 milhões para 21,53 milhões.
Além desta análise, outros 2,5 milhões de beneficiários também terão seus cadastros checados por apontarem potenciais irregularidades. Por fim, a previsão é que tal análise se encerre ainda no primeiro trimestre deste ano.