O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou recentemente que o Bolsa Família terá algumas mudanças nos próximos meses. O programa voltará a exigir o cumprimento de algumas obrigações pelas famílias, que devem observá-las para evitar a perda do benefício.
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O objetivo do governo é recuperar algumas regras antigas que garantiam o acesso da população de baixa renda a serviços de saúde, educação e assistência social. Durante o governo Bolsonaro, essas condições deixaram de ser verificadas.
“O Bolsa Família está voltando e volta com uma coisa importante: com condicionantes. Quais são? Primeiro, as crianças de até 6 anos de idade vão receber R$ 150 a mais. Segundo, as crianças têm que estar na escola. Se não estiverem na escola, a mãe perde o auxílio. Terceiro, as crianças têm que ser vacinadas. Se não tiverem atestado de vacina, a mãe perde o benefício”, disse Lula.
O presidente apontou como quarta exigência o pré-natal de beneficiárias gestantes. Ele brincou que a grávida precisa “fazer todos os exames que a medicina exige para que ela possa ter uma criança que nasça robusta, forte e bonita como eu”.
Vacinação
Assim, a vacinação de crianças voltará a ser requisito para participação no Bolsa Família, assim como sua permanência na escola. Nos últimos anos, o fim da obrigação ligada à saúde gerou problemas, como a queda no percentual de crianças vacinadas no país.
“Eu desejo que todo mundo cuide da vacina. Hoje, além da propaganda, é preciso convencer as pessoas. É preciso convencer o pai e a mãe que a criança tem que tomar vacina para o bem da criança, para o bem da família”, seguiu Lula.
Adicional em março
O Bolsa Família atualmente paga R$ 600 mensais por aprovado, mas o valor vai aumentar em breve para parte deles. Durante sua campanha eleitoral, o presidente anunciou a criação de um adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos.
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, os repasses começarão em março. “Em fevereiro, vamos ter as condições de já iniciar a entrada de pessoas que estão fora do Bolsa Família e a liberação dos cartões com o pagamento de R$ 150 com base nessa atualização cadastral”, afirmou.