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Calote da Americanas coloca em risco 6 mil microempresas

Conhecidas por ter pouca renda e clientes, em comparação às empresas maiores, as microempresas podem sofrer com o calote da Americanas.



A fraude contábil da Americanas que agitou janeiro após a empresa revelar inconsistências – na ordem de R$ 20 bilhões e depois de mais de R$ 40 bilhões – deve ameaçar um grupo bem específico e frágil de credores: as microempresas. Isso porque o calote do grupo pode chegar a R$ 1 bilhão apenas nesta categoria.

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Até o momento, o que se sabe é que a empresa controlada pelos bilionários empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira deve ao menos R$ 875 milhões a mais de 6 mil microempreendedores e pequenas empresas, segundo cálculo prévio informado ao Estadão.

Essas companhias e empreendedores eram fornecedores de produtos ou serviços para o grupo que inclui, claro, as lojas físicas da varejista que estão presentes em todo o país.

Como o calote da Americanas foi calculado?

No caso da dívida feita com os microempreendedores e pequenas empresas, reforçamos que o levantamento foi feito por jornalistas do grupo Estado de S. Paulo com base em dados entregues à Justiça durante o pedido de recuperação judicial da Americanas (AMER3).

Entre as empresas das categorias que foram listadas, aparecem credores nos setores de alimentação, indústrias, editoras de livros e prestadores de serviços de TI e manutenção.

Atualmente, enquanto uma microempresa pode receber até R$ 360 mil por ano, um microempreendedor individual (MEI) pode receber até R$ 81 mil por ano. Conhecidas por ter poucos clientes e uma maior fragilidade financeira, estas empresas podem sair bastante abaladas (ou falidas) de um eventual “calote” como este da Americanas.




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