A busca por combustíveis renováveis e de alta performance continua no mundo inteiro. Diante disso, cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos (EUA), fizeram avanços interessantes. Eles conseguiram criar nanofios de silício que são capazes de converter a luz do sol em eletricidade. Isso provoca alterações na água, que utilizada como fonte de energia.
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O procedimento é capaz de separar a água em oxigênio e hidrogênio. Ao utilizar o composto, a alternativa se torna bem mais ecológica e sustentável do que qualquer outro tipo dentre os combustíveis fósseis utilizados atualmente.
Primeiro combustível de água pode se tornar realidade
Em um período de quase 50 anos, esta é a primeira vez que a ciência se aproxima de utilizar água como combustível. O mais interessante é que a eletricidade será gerada a partir da luz solar, que funciona como a base de toda a energia do processo.
Qual é o grande desafio?
De acordo com os cientistas, o problema encontra-se na baixa eficiência do hidrogênio produzido a partir da luz solar interferindo na água. Vale destacar que projetos de usinas comerciais de hidrogênio movidos à energia solar foram projetados, mas os custos eram absurdamente mais altos do que as convencionais.
O trabalho dos cientistas neste momento se concentra em conseguir aumentar a eficiência por meio de nanopartículas. A pesquisa mais atual foi publicada na revista Nature recentemente, ainda no mês de fevereiro de 2023.
“Este projeto não tem precedentes em projetos de reatores anteriores e permite que o silício seja usado pela primeira vez em um PSR”, disse um dos autores do estudo.
O segredo está nas nanopartículas
De acordo com os pesquisadores, o segredo para conseguir mais eficiência no processo de usar a água como combustível a partir da luz solar está em aprimorar o processo que ocorre nas nanopartículas.
“Usamos essa abordagem para criar classe de nanopartículas multijunção de divisão de água. Elas combinam as vantagens materiais e econômicas do silício com as vantagens fotônicas dos nanofios que têm diâmetro menor que o comprimento de onda da luz absorvida”, disseram os autores.