Em meio às polêmicas, o censo do IBGE ainda é digno de confiança?

O censo do IBGE deveria ter sido realizado em 2020, mas atrasou por vários motivos. Confira se os dados ainda podem ser considerados confiáveis.



Os últimos anos foram conturbados para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão sempre teve alta credibilidade no Brasil, mas sofreu com vários cortes, cancelamentos e confusões que comprometeram sua confiabilidade na população. Por isso, uma pergunta que fica é se ainda dá para confiar no censo que está em andamento.

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Normalmente, o censo do IBGE deveria ser realizado a cada 10 anos, mas a pandemia de 2020 atrapalhou o processo. Além disso, a falta de verba e os cortes de 2021 foram outros empecilhos para mensurar os dados da população brasileira.

Os agentes só puderam sair às ruas para a coleta de dados no mês de agosto de 2022, mais de 12 anos desde a realização do censo de 2010. Isso aconteceu apenas porque o Supremo Tribunal Federal (STF) interveio e mostrou a obrigatoriedade de realizar o processo.

Censo do IBGE ainda é confiável?

Embora tenham ocorrido vários entraves financeiros, muitos especialistas acreditam que o maior problema para o atraso foi outro. O “negacionismo” pode ter atrasado o censo e reverbera até hoje na confiança dele.

É inegável que os últimos 4 anos foram marcados pela dúvida nas estatísticas, sendo que até as eleições entraram no campo da incerteza. O IBGE foi encarado como um instituto merecedor de receio por parte dos políticos, não todos, é claro.

O atraso para iniciar os trabalhos intensificaram o negacionismo e ainda contribuíram para que as pessoas duvidassem que o procedimento seria confiável.

Os dados são confiáveis

Atualmente, a taxa média de domicílios que se recusaram a responder a pesquisa foi de 2,43%, sendo que em São Paulo o índice foi o maior de todos e somou 4,49%, cerca de 720 mil domicílios. A quantidade é quase irrelevante se pensarmos nos mais de 40 milhões de habitantes do estado.

O censo é realizado desde 1930 e ocorre de forma independente desde então, sem interferência política. Aliás, esta era uma briga do antigo governo, que queria ter controle dos dados e a capacidade de interferir na pesquisa.

Portanto, sim, o IBGE é confiável, embora precise resgatar a simpatia da população.




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