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Governo Lula retomará tributação sobre combustíveis, mais alíquotas serão diferentes

Expectativa é que biocombustíveis, como etanol, paguem menos impostos que combustíveis fósseis, como a gasolina.



O governo Lula bateu o martelo e decidiu retomar a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis. Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia prorrogado uma medida de seu antecessor, que zerou as alíquotas da Cide e do PIS para aliviar o bolso dos consumidores.

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A diferença agora é que as alíquotas vão variar de acordo com o tipo de produto. Os percentuais serão menores para os biocombustíveis, como o etanol, e mais elevados para combustíveis fósseis, como a gasolina.

A ideia é recuperar cerca de R$ 28 bilhões em arrecadação somente neste ano, mas sem abrir mão das pautas das áreas de meio ambiente e social. O retorno da taxação era defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que quer reduzir o déficit público.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o governo estuda uma forma de onerar o consumidor final promovendo diferentes cobranças no decorrer da cadeia de energia. As informações publicadas pelo veículo foram confirmadas pelo Ministério da Fazenda.

A ala política do governo defendia a volta dos impostos somente após abril, após a posse do novo conselho de administração da Petrobras. Liderado por Gleisi Hoffmann, presidente do PT, o grupo acredita que a política de preços da estatal ainda pode ser revista.

Desoneração dos combustíveis

Em uma tentativa de vencer as eleições presidenciais, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas da Cide e do PIS sobre os combustíveis em 2022. A medida tinha vigência até dezembro do ano passado e visava combater os altos preços de gasolina e diesel.

Logo no início de seu mandato, Lula prorrogou a decisão e manteve a desoneração por mais dois meses. Nesse meio tempo, Haddad defendia a volta dos tributos, enquanto a ala política temia o efeito da decisão na popularidade do presidente.

A cobrança dos impostos sobre gasolina e etanol volta no dia 1º de março, quando a validade da medida provisória termina. A decisão pode elevar os preços da gasolina em até R$ 0,69 por litro e do etanol em até R$ 0,24 por litro.




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