Geralmente, os sintomas de câncer de ovário costumam ser mais genéricos, como perda de apetite, dor abdominal ou pélvica, inchaço no estômago e vontade frequente de urinar, podendo resultar na identificação tardia da doença.
Leia também: ‘Cabeçada’; de um labrador faz veterinária descobrir um câncer de mama
Entretanto, pesquisadores do Imperial College, no Reino Unido, constataram que monitorar a compra de medicamente de mulheres pode ser uma forma de prever o diagnóstico.
Estudiosos analisaram o histórico de compra de medicamentos de 283 clientes
Usando dados de um programa de fidelidade, os estudiosos analisaram, ao longo de seis meses, o histórico de compras de quase 300 clientes de duas redes de farmácia. Nesse levantamento, identificaram que as mulheres que foram diagnosticadas com câncer no ovário, aumentaram, nos oito meses anteriores, o consumo de remédios para indigestão e dor. Um comportamento recorrente que deu sinais de alerta.
Publicado na revista científica MIR Public Health and Surveillance, o estudo tem como autor principal James Flanagan, que, em entrevista à BBC, relatou: “Isso indica que muito antes de as mulheres reconhecerem seus sintomas como alarmantes o suficiente para ir ao médico, elas tentam tratá-los em casa”.
Próximos passos dos estúdios
Os estudiosos pretendem continuar com a pesquisa para conferir se o comportamento de consumo também poderia influenciar na identificação de outros tipos de câncer, como fígado, bexiga e estomago. Também seguem na expectativa de que outros pesquisadores confirmem o que foi costado até aqui.
Estimativa de novos casos de câncer no Brasil: sinal de alerta!
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá registrar 704 mil novos diagnósticos de câncer para cada ano de 2023 a 2025. As regiões sul e sudeste são propensas a ter mais casos, já que concentram cerca de 70% da incidência. Nas mulheres, os tipos mais comuns de câncer são: mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e tireoide.