A nova regra imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao iFood deve aumentar as opções para o consumidor e cortar custos para os restaurantes. O acordo proíbe contratos de exclusividade do aplicativo com grandes redes de restaurantes e dá acesso a seus códigos de pedidos, pagamentos e catálogos de produtos.
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Além disso, permitirá a integração do iFood com os softwares de gestão dos restaurantes, tornando mais fácil o gerenciamento dos pedidos via delivery, o que deve reduzir os custos operacionais dos restaurantes.
A falta de padronização entre os aplicativos de entrega e os restaurantes é um problema que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima gerar custos extras de cerca de 15%. A nova regra ajudará a acelerar o desenvolvimento da linguagem única “Open Delivery”, que facilitará a organização de dados dos clientes e da fila de pedidos.
Quais mudanças devem ocorrer?
As novas regras devem incentivar novos investimentos em empresas de delivery no Brasil, segundo a CEO da Gouvea Foodservice Consultoria. O setor espera também uma redução nas taxas cobradas pelos aplicativos, uma vez que a concorrência deve pressionar para baixo as taxas cobradas dos restaurantes.
O consumidor também será impactado positivamente, com a expectativa de ter mais opções de aplicativos de entrega disponíveis e mais promoções oferecidas. No entanto, a CEO da consultoria afirma que o mercado precisará ter um modelo mais equilibrado para bancar essas promoções, que hoje são majoritariamente bancadas pelos restaurantes.
A decisão do Cade veio após processo iniciado em 2020 por conta de um pedido do aplicativo Rappi, que argumentou que o modelo de exclusividade do iFood dificultava a concorrência. A expectativa é de que essa decisão traga mais equilíbrio ao mercado e incentivo a novos investimentos em empresas de delivery.