O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão anunciada ontem, 22, após a segunda reunião do colegiado neste ano está de acordo com a expectativa do mercado.
Leia mais: Qual o maior conselho recebido por Bill Gates? Revelação foi feita a Chatbot
A taxa está no patamar atual desde agosto de 2022, quando o Copom encerrou um ciclo de 12 altas consecutivas iniciado em março de 2021. A manutenção confirma a previsão do mercado, que não esperava o início do corte da Selic agora.
No comunicado sobre a decisão, o comitê pontuou as grandes mudanças no cenário econômico ocorridas desde seu último encontro, como a crise bancária. “Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento”, escreveu.
O colegiado também afirma no texto que a decisão está ligada a uma política monetária de controle à inflação. “O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”, acrescentou.
Críticas da Casa Civil
Na manhã de quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, voltou a criticar o BC, acompanhando a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto. Ele chamou a taxa básica de “exorbitante” e citou a postura “irredutível” da autoridade monetária.
“Não é explicável essa posição do Banco Central de ficar irredutível a uma taxa tão exorbitante de juros”, afirmou o ministro a jornalistas. Ele também disse não acreditar que o mundo inteiro esteja incorreto, exceto o Banco Central brasileiro.