Dom Pedro I ganhou uma nova representação de sua face através de uma investigação multidisciplinar. O estudo envolveu o processamento de 20 mil imagens de tomografia computadorizada e diversas análises médicas, odontológicas e outras. Da mesma forma, as imperatrizes Amélia e Leopoldina também foram recriadas por meio do processamento digital de imagens.
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O trabalho foi desenvolvido por uma arqueóloga e historiadora chamada Valdirene Ambiel. A recriação de Dom Pedro I e das imperatrizes fez parte da sua tese de doutorado para a Faculdade de Medicina da USP, que foi aprovada na última terça-feira (7).
Exposição facial recria Dom Pedro e imperatrizes
De acordo com os dados do trabalho, a exposição fácil que recriou Dom Pedro trata-se de uma união de dados obtidos a partir da análise óssea e de músculos. Claro que todo o processo só se torna possível se estiver baseado em um profundo estudo de anatomia humana. É preciso ter um banco de dados incrivelmente extenso a fim de gerar comparações que forneçam a probabilidade de uma recriação se assemelhar com a realidade.
Como era o rosto da realeza?
As imagens digitais apontam que Dom Pedro tinha o rosto alongado, lábio superior curo e olhos com padrão caído, com olheiras bastante acentuadas. Além disso, é possível perceber que o imperador tinha desvio de septo, o qual prejudicava a sua respiração com bastante ênfase.
Amélia, por sua vez, morreu aos 60 anos e tinha apenas cinco dentes em sua boca, o que remete a dificuldades para mastigar. Enquanto isso, Dom Pedro apresentava o hábito de mastigar mais do lado direito da boca e não apresentava lesões por cáries, o que demonstra uma boa higiene pessoal.
Leopoldina tinha o queixo protuberante e a arcada dentária inferior se sobrepunha em relação à superior. O estudo será utilizado para dar mais vivacidade à história. O resultado mostra com seriam os três integrantes da realeza brasileira um ano antes de morrerem.