Ao menos quatro montadoras de veículos brasileiras adotaram férias coletivas entre março e abril, resultado da desaceleração do mercado. As empresas General Motors, Hyundai, Volkswagen e Stellantis confirmaram a decisão de paralisar as atividades em suas fábricas.
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O plano é evitar a formação de grandes estoques, se adequando à nova realidade do mercado. O atual cenário econômico que motiva a decisão é resultado da alta da inflação, que elevou os preços dos automóveis e vem prejudicando as empresas do setor desde 2020.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já havia indicado que haveria uma desaceleração em 2023. Em fevereiro, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, explicou que o setor esperava um crescimento maior, apesar da alta de quase 13% nas vendas em janeiro.
“O desempenho do primeiro bimestre, limitado pelas condições de crédito e oferta de suprimentos, reforça a necessidade de promover o reaquecimento do mercado e as cadeias locais de produção”, disse na época.
Férias coletivas
Em resposta ao g1, as montadoras Volkswagen, General Motors, Hyundai e Stellantis comentaram sobre a paralisação das atividades. Segundo a fabricante alemã, 2 mil trabalhadores da planta de Taubaté (SP) terão 10 dias de férias coletivas a partir do próximo dia 27.
Na Hyundai, 2 mil colaboradores da fábrica Piracicaba (SP) estão de férias desde o dia 20 de março, incluindo as equipes administrativas. As operações da fábrica de motores, instaladas na mesma unidade, não foram afetadas.
As férias coletivas na General Motors vão atingir 3 mil funcionários da planta de São José dos Campos (SP) e também terão início no próximo dia 27.
Já a Stellantis dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, vai liberar os trabalhadores de um de seus turnos da fábrica de Goiana (PE) a partir do dia 22. No dia 27 de março, os outros dois turnos serão interrompidos, com retorno das atividades em 6 de abril.