A poupança é uma das opções de investimento mais conhecidas pelos brasileiros. Não há como negar o quanto ela fez parte da vida financeira de muitos. Inclusive, um estudo da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Abima) mostrou de 23% da população prefere usar essa modalidade.
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Esta é vista por muitos como uma forma simples e segura de aplicar dinheiro, com baixo risco e fácil acesso aos recursos, porém também é alvo de dúvidas. Muitas pessoas se perguntam quanto rende um determinado valor na poupança, como R$ 300 mil, por exemplo. Para descobrir, continue a leitura.
Poupança é o investimento mais conhecido no Brasil
Vista como investimento popular no país, ela apresenta uma taxa de rendimento anual de 6,17%, no entanto essa rentabilidade é influenciada pela Taxa Selic, que agora está em 13,75% ao ano.
Quando a Selic fica abaixo ou igual a 8,5%, a regra estipula que o rendimento da poupança será de 70% da taxa com a Taxa Referencial, que se encontra em 0,16% ao ano. Por outro lado, quando a Selic ultrapassa o patamar de 8,5%, a rentabilidade da poupança passa a ser de 0,5% ao mês, somando com a TR.
Ao pegar o exemplo que os brasileiros mais pesquisam no Google, que é R$ 300 mil, levando em consideração a taxa média do último ano, que era de 0,65%, a pessoa investidora teria acesso a R$ 1.964,83 no mês inicial. Os cálculos realizados pelo analista da Top Gain Research, Sidney Lima, apontam que a pessoa teria R$ 324.446,04 no final do primeiro ano, se não fizesse alguma retirada. O valor de R$ 24.446,04 é referente aos juros adquiridos nesse tempo.
Ao usar como base a taxa de fevereiro de 2022, de 0,58%, o valor seria outro.
Depois de um ano, o investidor teria R$ 321.689,40.
Outras modalidades exibem rendimentos maiores
A rentabilidade da poupança tem sido alvo de críticas nos últimos anos, uma vez que os juros básicos da economia estão em patamares historicamente baixos. Após realizar a simulação, Sidney Lima apontou que a poupança apresenta rentabilidade menor do que as outras alternativas, como Tesouro Selic, CDB, LCA e debêntures.
Para ele, o fato de os brasileiros veem essa modalidade de investimento como única é reflexo da falta de educação financeira. O analista também esclarece que não é vantajoso para instituições financeiras divulgar outras formas de investimento. Veja: “Através da poupança, eles conseguem captar seu dinheiro com custo muito mais baixo para poder utilizar com concessão de crédito, o que compensa muito para os bancos”, declarou.
