O vício em celulares está crescendo em todo o mundo, e o jornalista Luke Andrews decidiu aplicar um teste em si mesmo, ficando um mês sem usar o aparelho e compartilhando sua experiência com o jornal britânico Daily Mail.
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Andrews começou a desconfiar que estava viciado em usar seu celular, quando sua família lhe presenteou com um cartão de aniversário escrito “viciado em telefone”. Para confirmar suas suspeitas, ele verificou o tempo de tela do seu aparelho em um aplicativo, o que mostrou que ele passava pelo menos cinco horas por dia usando o celular, o que seria equivalente a 76 dias em um ano. Ele também pegava o celular de 150 a 200 vezes por dia.
“Eu costumava justificar meu uso incessante de mídia social dizendo a mim mesmo: ‘Sou jornalista, preciso saber de tudo’, mesmo quando assistia a vídeos de animais no Instagram”, disse o jornalista.
Após entender que estava viciado em mexer em seu aparelho, Luke comprou o livro “How to Break Up With Your Phone” ou “Como se separar do seu telefone” e começou a seguir as dicas do livro. “O livro me obrigou a excluir todos os meus aplicativos de mídia social, comprar um despertador (sim, eles ainda os vendem) e gravar seções do meu apartamento como zonas sem telefone”.
Efeitos colaterais que o jovem sentiu
Luke experimentou sintomas como “zumbidos fantasmas” e ansiedade para mexer no aparelho, mas gradualmente conseguiu seguir as dicas do livro e estabelecer regras para seu uso do celular. Ele começou por tirar o celular do quarto e substituí-lo por um despertador, e marcou o chão de sua casa com fitas adesivas para criar áreas onde o uso do celular fosse proibido.
Em outro momento, ele contou que se sentia extremamente ansioso para mexer no aparelho. Assim, não seguiu as regras passo a passo, preferiu ir adicionando as dicas aos poucos em sua rotina.
Qual o passo a passo que levou Luke ficar um mês sem seu celular
A primeira coisa que deveria ser feita era tirar o celular de perto da cama e trocá-lo por um despertador. “O plano também vai além e estabelece uma meta de não usar nossos telefones até sairmos de casa. Isso transformou minha rotina matinal em uma espécie de corrida. Em vez de ficar na cama verificando mensagens e vendo vídeos antes de finalmente tomar um banho e, em seguida, preparar o café da manhã lentamente, me vi forçado a rotina matinal e saindo pela porta o mais rápido possível para poder mexer no telefone novamente.”
Na segunda semana o jovem deveria marcar o chão de sua casa com fitas adesivas, criando assim áreas onde o uso do celular fosse proibido. “Não foi fácil, pois moro em um estúdio de 41 metros quadrados. Decidi fazer do corredor e uma pequena parte da cozinha as áreas de uso do telefone. A mudança da cozinha foi feita para que eu pudesse ouvir podcasts enquanto cozinhava, o que determinei ser um bom uso do meu telefone. O corredor também funcionaria, pensei, porque é longe o suficiente para que seja um esforço olhar para o meu telefone quando estou me preparando para a noite.”
Segundo Andrews, a terceira e quarta semana foram as mais difíceis, já que pediam para que o jovem ficasse um dia inteiro sem usar o telefone.
“No final do plano, o meu uso caiu para cerca de uma hora e 50 minutos por dia, e eu só pegava o celular 60 vezes por dia. Se eu continuar assim por um ano, em comparação com quando comecei, são 1.095 horas economizadas ou 45 dias inteiros! […] Eu absolutamente recomendaria que qualquer pessoa que queira gerenciar seu tempo no telefone siga um plano como este”, finalizou Luke.