Um novo aplicativo de transporte começou a funcionar na cidade de São Paulo na última quinta-feira, 23. Coincidentemente, o MobizapSP foi lançado no mesmo dia em que se iniciou a greve do metrô, contabilizando então mais de 4 mil corridas. Estamos falando de 118 mil passageiros e 45 mil motoristas cadastrados. Alô, Uber!
Leia mais: ‘Uber’ dos caminhões é lançado e você precisa saber como funciona
Segundo a prefeitura de São Paulo, responsável pela liberação do aplicativo na cidade, a adesão à nova modalidade tem sido “muito positiva”. O lançamento surge como um grande concorrente para o Uber e o 99 na cidade, especialmente porque o MobizapSP exibe um grande diferencial frente aos seus concorrentes.
Ao contrário dos já mencionados, a ferramenta não tem uma cobrança de tarifa dinâmica, ou seja, mesmo em horários de pico ou em situações onde há um aumento no número de pedidos de corridas, como na greve do metrô, o valor cobrado pela corrida continua o mesmo.
Compensa mais do que o Uber?
De acordo com a prefeitura de SP, o cálculo das corridas do MobizapSP é feito com base em três critérios: tempo de viagem, distância e horário. Ao realizar uma simulação de corrida nos dois aplicativos, a equipe do UOL Carros não notou uma grande diferença entre os valores cobrados pelas plataformas.
Apesar disso, a disponibilidade de motoristas na Uber é bem maior do que a dos cadastrados no novo concorrente, mesmo com o alto número de aderência inicial. A simulação levou uma corrida de 6km entre o centro de São Paulo e o bairro de Sumaré, na Zona Oeste paulistana.
O valor da corrida pelo MobizapSP ficou por R$ 22,84 na categoria econômica e R$ 36,18 na premium. Já no Uber, a corrida pelo Uber X ficaria em R$ 24,91. No Uber Comfort, sairia por R$ 28,53. Em ambas as plataformas, é permitido realizar o pagamento da corrida com dinheiro, cartões de crédito, débito e também crédito no aplicativo.
Motorista recebe quase 90% do valor da corrida
Em relação ao pagamento dos motoristas, a prefeitura afirma que a taxa de administração é fixa, mantida sempre em 10,95%. Dessa forma, o motorista irá receber quase 90% do valor total da corrida, o que diz respeito a valores maiores do que os passados pela Uber ou o 99.
A prefeitura informa também que não recebe recursos por meio do aplicativo, somente os impostos arrecadados.
Para se tornar motorista no aplicativo, é preciso apresentar uma declaração da Operadora de Tecnologia de Transporte Credenciada, comprovando que o veículo foi inspecionado e está atendendo aos requisitos de segurança e limpeza necessários. Além disso, ele deve ter, no máximo, dez anos de fabricação.
