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‘Parecia uma pele’: Fugini é alvo de nova investigação por contaminação

A Fugini está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul devido a uma suspeita de contaminação de seu molho de tomate.



Após ser suspensa pela Anvisa de fabricar, comercializar e distribuir seus produtos, a Fugini está sendo investigada por suspeita de crime contra as relações de consumo pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, a investigação está aguardando o resultado da perícia, para determinar o que pode ter causado a contaminação dos molhos de tomate.

Leia mais: Consumir ou descartar? Saiba o que fazer após a proibição da Anvisa aos produtos da Fugini.

Vale ressaltar que a marca está sendo investigada pela Delegacia de Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre, desde dezembro de 2022. Atualmente, são quatro ocorrências sobre o mesmo caso na delegacia. No entanto, não há previsão de conclusão dos laudos. “Nós ainda estamos aguardando o laudo do Instituto-Geral de Perícias em relação aos molhos. Ainda está precisando da análise do perito na patologia”, afirmou a delegada.

Ao ser procurada pela delegacia, a empresa informou que o material presente nas embalagens de seus molhos de tomate provavelmente seria devido à formação de bolor. Assim, a Fugini divulgou um conteúdo em suas redes sociais informando sobre como esse bolor pode se formar no produto. A empresa deverá ser ouvida formalmente após a conclusão da perícia.

Molhos da investigação de 2022 foram produzidos na mesma fábrica

Em relação a suspensão feita pela Anvisa nesta quarta (29), a empresa também se posicionou digitalmente. “Sempre cumprimos com todas as obrigações. Prova disso, em mais de 25 anos de operação, jamais tivemos um único lote de produto retido por problema de recall”, justificou a empresa em seu anúncio feito.

No entanto, a Fugini admitiu que, devido a um erro operacional, acabou usando um corante vencido na produção de sua maionese, porém em um pequeno percentual. Com isso, a Anvisa determinou nesta quinta (30) o recolhimento dos lotes de maionese produzidos pela empresa de Monte Alto (SP). Segundo a polícia, os molhos investigados no Rio Grande do Sul também foram fabricados na mesma unidade de Monte Alto, alvo da Anvisa.

O que dizem os consumidores?

A delegada responsável pela investigação no RS, Jeiselaure de Souza, afirma que os consumidores que registraram ocorrência compraram os produtos em diferentes lugares.

“Os relatos dos consumidores são no sentido de que os produtos foram adquiridos em locais distintos, mas todos com a alteração semelhante, contendo corpos estranhos macroscópicos dentro das embalagens”, disse a delegada.

Em entrevista ao G1, uma dona de casa disse que preparava a comida e que, por hábito, colocaria o molho de tomate diretamente na panela. Porém, ao sentir algo estranho na embalagem, decidiu abrir o pacote e despejar o produto em outro prato, tendo se deparado com algo que “parecia uma pele”. “Virou a cabeça, virou o estômago, virou tudo. Ainda bem que eu não coloquei na panela. É horrível”, disse.

Por fim, a polícia orienta que a população observe as condições do produto antes de consumir. Para isso, é recomendado despejar o produto em um local separado antes de colocar em sua preparação. Além disso, caso perceba algo de errado no produto, é importante anotar as informações como local de compra e lote da mercadoria antes de levar o caso à polícia.




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