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Perigo! Pesquisadores ‘ressuscitam’ vírus zumbi de 48 mil anos escondido no gelo

Os autores demonstraram que vírus antigos podem ser reativados mesmo depois de dezenas de anos congelados. Devemos nos preocupar?



Algumas pessoas não entendem o excesso de preocupação com o degelo das calotas polares da Terra. Afinal, o processo pode levar milhões de anos para promover uma mudança drástica nas condições ambientais do planeta. No entanto, não é apenas o nível do mar que sofrerá alterações com o descongelamento. É possível que vírus, bactérias e outras ameaças já extintas possam acarretar danos à biodiversidade.

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Pesquisadores encontram vírus zumbi na Sibéria

Pesquisadores da Universidade de Aix-Marseille, na França, fizeram uma expedição recente até a Sibéria. No local, eles encontraram um vírus que estava até então desconhecido, mas que tinha 48,5 mil anos de existência. O microrganismo estava a 16 metros de profundidade da superfície gelada.

O mais impressionante é que depois de ser descongelado, o patógeno conseguiu “voltar à vida”. Mais do que isso, o vírus teve a capacidade de infectar uma ameba colocada pelos pesquisadores dentro de um laboratório. A descoberta foi publicada em um artigo científico na revista especializada Viruses.

Estudo comprova capacidade de vírus serem descobertos com o derretimento de gelo

“Este estudo confirma a capacidade de grandes vírus de DNA que infectam a Acanthamoeba spp. [a ameba] de permanecerem infecciosos após mais de 48.500 anos passados ​​no permafrost [uma das camadas de solo congelado] profundo”, disseram os cientistas no artigo.

A capacidade do vírus de infectar seres humanos ainda é desconhecida. Novos estudos devem analisar esse ponto importante da pesquisa. No entanto, ficou claro que vírus muito antigos podem ser descobertos sob densas camadas de gelo.

O descongelamento de vírus como este serve para que os cientistas analisem os mistérios que o gelo pode esconder. Afinal, com a diminuição das calotas, é preciso estar a par de tudo o que a humanidade tende a enfrentar daqui algumas décadas, centenas de anos ou milênios.

Os pesquisadores já encontraram nove tipos de patógenos que infectam amebas. “Dada a diversidade desses vírus, tanto em sua estrutura de partículas quanto em seu modo de replicação, pode-se inferir razoavelmente que muitos outros vírus eucarióticos que infectam uma variedade de hospedeiros muito além de Acanthamoeba spp. também podem permanecer infecciosos em condições semelhantes”, disseram os autores.




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