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Por que o preço do carro zero não diminui mesmo com estoque cheio?

Com a queda na procura por carros zeros, havia a esperança de que eles ficassem mais baratos. Entenda os culpados da permanência da alta.



A desaceleração do mercado de automóveis já vem apresentando suas consequências. No início da semana, por exemplo, quatro gigantes do setor suspenderam a produção no Brasil em algumas instalações. A paralisação ocorre porque, com a demanda no negativo, as montadoras não veem motivos para seguirem reabastecendo os estoques.

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Vale lembrar que as empresas que suspenderam a produção e deram férias coletivas aos funcionários foram a Volkswagen, GM, Stellantis e Hyundai. Por fim, as montadoras afirmam que irão ajustar a produção conforme a nova realidade. Contudo, mesmo com a queda nas vendas, os preços devem continuar altos, devido a vários fatores que incluem, por exemplo, a pandemia de Covid-19.

Pandemia

A alta dos preços dos automóveis está atrelada a gargalos na estrutura produtiva. Isso porque, com a pandemia, a indústria nacional passou a não receber componentes necessários para montagem de carros. Esse processo desembocou, então, na falta de veículos no mercado, elevando os preços.

Além disso, outros materiais, como metais e resinas, essenciais nesta linha de produção, também enfrentaram altas, aumentando os custos.

Igualmente, em 2022, com a guerra na Ucrânia, houve uma nova alta em matéria-prima essencial para a linha de produção automobilística. Por fim, também não se pode ignorar a inflação do país, com as taxas de juros nas alturas.

Na prática, os juros a 13,75% também impactam os financiamentos de automóveis, fazendo com que as famílias adiem esse tipo de consumo.

Números

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontam uma baixa de 34% no emplacamento de automóveis em 2023. Só em fevereiro, a queda foi de 9% em relação ao mês anterior.

Outros fatores, como a alta dos combustíveis, assim como a queda do poder de compra dos brasileiros também não podem ser esquecidos na hora de analisar a desaceleração do mercado.

Perspectivas

Ainda há muitos gargalos quando o assunto é uma possível queda no preço dos automóveis. Isso porque, mesmo com a diminuição dos valores dos insumos e derivados de petróleo, outros componentes seguem em falta. É o caso dos microchips.

Contudo, em longo prazo, a expectativa é que o descompasso entre oferta e demanda acabe forçando os preços dos automóveis para baixo. Ainda assim, não se pode ignorar que há um processo generalizado de reajuste de preços por conta de custos de produção. O razoável é que haja, então, aumentos mais comedidos nesses bens.




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