O saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é uma opção muito escolhida pelos trabalhadores brasileiros, principalmente por aqueles que precisam de uma renda a mais para dar conta de todos os compromissos. A modalidade teve um aumento na adesão de 170% em apenas dois anos.
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Os dados foram apresentados por meio do relatório da Inter Research. Para muitas famílias, a modalidade do saque-aniversário é a garantia de uma renda extra, considerada complementar. Por meio dela, alguns trabalhadores pagam as contas em atraso ou até usam o recurso para investir e fazer a grana render um pouco mais.
Adesão ao saque-aniversário aumenta 170%
Apesar da possibilidade de uso da modalidade, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, é contra o saque-aniversário. Inclusive, ele divulgou neste início de mês que o governo federal deve propor ao Congresso um projeto de lei para definir “mudanças drásticas” nas regras do saque-aniversário.
A preocupação é que o dinheiro do FGTS, que funciona como uma poupança do trabalho, seja usado de forma indevida e sem planejamento. A escolha por tirar o dinheiro do fundo deve ser feita, por exemplo, para investir em outros rendimentos melhores do que o FGTS, com planejamento, e não para uso em gastos desnecessários.
O saque-aniversário foi criado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por ele, os trabalhadores podem pegar o dinheiro uma vez ao ano, sempre no mês de aniversário. O problema é que, em caso de demissão, a pessoa pode sacar somente o valor referente à multa rescisória. E não o valor total da conta.
Vale a pena solicitar?
Hoje a rentabilidade do fundo é de 3% ao ano, mais a variação da taxa referencial (TR). Assim, quem faz bom uso do saque-aniversário pode sacar o dinheiro e aplicar em investimentos mais rentáveis.
Mas é preciso compreender os riscos. Entre eles, a impossibilidade de retorno ao saque-rescisão antes de dois anos da adesão do saque-aniversário.
