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Regulação da internet no Congresso: há motivos para se preocupar?

Texto vai ser enviado ao Congresso e prevê punições por conteúdo falso, além de pedir transparência de algoritmos.



A proposta do governo federal sobre a regulação da internet deve chegar ao Congresso Nacional ainda esta semana. O texto será discutido com o Orlando Silva, deputado pelo PCdoB-SP, que também é relator do Projeto de Lei das Fake News. Na prática, o intuito é que o PL do deputado absorva as ideias do governo, em uma versão mais simplificada.

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Entenda os principais pontos

  • O Projeto de Lei voltado para a regulação da internet busca formas de responsabilizar as big techs;
  • Além disso, o texto prevê multa às empresas de tecnologia que violarem a Lei do Estado Democrático e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
  • Outro ponto abordado é justamente a penalidade no caso de não haver combate a notícias falsas, assim como exigir transparência algorítmica e nas publicidades online;
  • Por fim, é importante ressaltar que as plataformas sofreriam punições por responsabilidade em caso de não agirem, mesmo tendo conhecimento sobre conteúdo ilegal. Na Europa, ação parecida já está em vigor, que é o “notice and action”, presente na Lei dos Serviços Digitais.
  • Também há a previsão de alterações no Marco Civil da Internet.

Alterações

A proposta do governo federal altera a imunidade concedida às empresas pelo Marco Civil da Internet, que é a lei responsável por gerir a internet no Brasil desde 2014. Isso porque, hoje as empresas só podem sofrer punição por conteúdos publicados caso não aceitem ordem judicial de remoção.

Agora, o novo formato prevê a criação de canais de denúncias para que as empresas possam decidir se determina conteúdo viola ou não as regras e, portanto, avaliar a sua remoção. Desta forma, as grandes empresas que tenham conhecimento sobre um conteúdo ilegal e escolha por mantê-lo disponível, passariam a sofrer punições.

Entretanto, o texto não delimita quais tipos de conteúdos podem ser considerados ilegais.

Outros pontos também estão na pauta de discussão do governo. Dentre eles está a manutenção ou queda da imunidade de parlamentares nas redes sociais, assim como apontar diretrizes a respeito de discursos de ódio e consentimento do usuário para rastreamento de seus dados.




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