O Grupo Petrópolis, dono da famosa marca de cerveja Itaipava, abriu um pedido de recuperação judicial no início da semana, com o intuito de quitar as dívidas que somam R$ 4,2 bilhões. No entanto, com a declaração de falência da cervejaria, outras grandes marcas já começaram os trabalhos para conseguir ocupar o espaço de mercado da empresa.
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Dessa forma, as concorrentes Heineken e Ambev já se posicionaram em relação ao ocorrido. Segundo a Credit Suisse e o Itaú BBA, “em um mercado onde o consumo de cerveja per capita está em máxima histórica, potencialmente implicando crescimento orgânico limitado daqui para a frente, o tamanho do volume de Petrópolis de 24,1 milhões de hectolitros é significativo para a indústria”.
Ambev deverá ser a maior beneficiada com falência
Mesmo com os outros concorrentes conseguindo lucrar com a falência do Grupo Petrópolis, a Ambev deverá ser a maior beneficiada. “Embora não tenhamos visibilidade de como isso pode impactar as operações do Grupo Petrópolis no curto prazo, acreditamos que a Ambev está melhor posicionada em termos de portfólio e alcance de distribuição para continuar absorvendo potenciais perdas de market share”, afirmaram os especialistas.
Segundo a equipe do Itaú BBA, as dificuldades sofridas pelo Grupo Petrópolis foram as responsáveis pelo impulsionamento da participação da Heineken e da Ambev no mercado nos últimos anos. Em relação ao grupo, o banco afirma que ele “se concentrará em reotimizar sua estrutura de capital e rentabilidade no curto prazo, levando a um ambiente competitivo benigno ao longo do processo”.
No entanto, a Heineken também parece estar interessada em complementar seu portfólio de bebidas com a aquisição da marca Itaipava. “Em qualquer cenário, as restrições do regulador antitruste (Cade) parecem improváveis”, avaliou o Itaú BBA. Por fim, a dívida do Grupo Petrópolis é de R$ 2 bilhões com o mercado de capitais e de R$ 2,2 bilhões com terceiros. Assim, o valor total é de R$ 4,2 bilhões em pendências financeiras.