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13 estados têm mais beneficiários do Bolsa Família do que empregados

Número é o maior da série histórica. Com a entrada do Rio Grande do Norte na lista, 13 estados passam a ter mais bolsas que empregos formais.



Em 13 estados brasileiros, o número de beneficiários do Bolsa Família supera o de trabalhadores formais. Essa informação foi confirmada por um levantamento recente e revela uma grande disparidade social no país.

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De acordo com os dados, a maioria desses estados está concentrada nas regiões Norte e Nordeste do país. No Maranhão e no Piauí, por exemplo, há dois beneficiários do programa para cada trabalhador formal.

Até o ano passado, eram 12 os estados que tinham mais beneficiários do que empregados com carteira assinada, mas, este ano, o Rio Grande do Norte entrou na lista.

Conforme mostra o histórico dos dados, a situação tem sido agravada pela pandemia e pelo aumento expressivo no número de beneficiários durante o governo Bolsonaro, que saltou de 14,5 milhões para 21,6 milhões de recebedores. Desse total, 3 milhões foram incluídos três meses antes das eleições presidenciais de 2022.

Antes da pandemia, o Brasil tinha 8 estados com mais beneficiários que empregados formais. O número aumentou para 10 em 2020, 12 em 2022 e, agora, 13. No governo Bolsonaro, o número de beneficiários também saltou 49% com relação ao governo anterior, mesmo com o ex-presidente fazendo duras críticas ao programa em sua campanha presidencial anterior, em 2018.

Confira a lista completa de estados nessa situação:

  • Acre
  • Amazonas
  • Pará
  • Amapá
  • Maranhão
  • Piauí
  • Ceará
  • Rio Grande do Norte
  • Pernambuco
  • Bahia
  • Sergipe
  • Alagoas
  • Paraíba

Com 13 estados com mais beneficiários que empregados, o que deve fazer o governo?

O governo federal já começou a realizar neste mês de abril um “pente-fino” entre os beneficiários para cortar aqueles que não deveriam estar recebendo o benefício.

Entre os que o governo mira, estão os que entraram às vésperas das eleições e famílias unipessoais. Para isso, a medida provisória que instituiu o “novo Bolsa Família” criou duas novas regras, a de proteção e a do retorno garantido.

A regra de proteção estabelece que se a família do beneficiário aumentar sua renda per capita em até meio salário mínimo, o que excluiria o direito ao programa pelo critério de renda, ela não perderá o benefício. Essa família poderá continuar no programa por até 24 meses, recebendo metade do valor do benefício que ganhava. A regra só passará a valer a partir de junho de 2023.

Já a regra do retorno garantido visa estimular a busca por emprego formal entre os beneficiários do programa. Se o recebedor do Bolsa Família conseguir um emprego e perder o direito ao programa pelo critério de renda, ele será excluído, mas, se for demitido, terá retorno imediato ao programa. A medida tem como objetivo reduzir a disparidade entre beneficiários e trabalhadores formais e estimular a busca por emprego.




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