O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Brasil nesta quinta-feira, 30, e uma de suas primeiras declarações já gerou polêmica. O político afirmou à CNN que não será líder da oposição ao atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Bolsonaro afirmou que atuará junto a apoiadores e ao seu partido para “colaborar” com quem desejar.
“O PL detém quase 20% das bancadas da Câmara e do Senado. Digo: não vou liderar nenhuma oposição. Vou participar com o meu partido, como uma pessoa experiente, 28 anos de Câmara, quatro de presidente, dois de vereador e 15 de Exército, para colaborar com aqueles que assim desejarem”, disse o ex-presidente.
Aliado de Lula?
A fala levantou questionamentos sobre a possibilidade do rival se tornar um aliado de Lula. Entretanto, esse não parece nem de longe ser o caso.
Em uma entrevista realizada em janeiro, Bolsonaro criticou a gestão do petista, afirmou que ela não dará certo e reclamou das ocupações do MST. Mesmo se intitulando um “político sem mandato”, é muito claro que ele não será um apoiador de Lula.
Em sua chegada ao Brasil, o ex-mandatário também elogiou a direita brasileira. “Temos hoje em dia uma direita que cada vez mais se aglutina, sabe o que quer, sabe o que deseja, tem um alvo, um objetivo, não é oposição irresponsável, oposição pela oposição”, disse.
Sobre o resultado das eleições passadas, Bolsonaro afirmou apenas que isso é “página virada”, mas não revelou seus planos para o futuro. Há indícios de que o político tenha como foco as eleições municipais de 2024.
Recepção
O ex-presidente desembarcou em Brasília por volta das 7h da manhã desta quinta, e sua recepção envolveu um grande esquema de segurança organizado pelo governo do Distrito Federal. Mais de 500 policiais estiveram envolvidos no processo, que também incluiu o fechamento da Esplanada dos Ministérios.