No último domingo (2), a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou um novo corte na produção de petróleo. Como esperado, os brasileiros podem sentir o impacto não só no preço da gasolina, que deve sofrer aumentos ainda maiores, mas em diversos itens de consumo.
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O corte na produção deve começar em maio e durar até o final do ano, comprometendo a produção de pelo menos 1 milhão de barris por dia.
Os sauditas e russos vão reduzir a produção em 500 mil barris por dia, causando um choque nos preços que pode afetar diversos países dependentes do petróleo, como o próprio Brasil e os Estados Unidos.
Confira a redução por país da Opep+ (em barris de petróleo por dia):
- Arábia Saudita: 500 mil;
- Rússia: 500 mil;
- Iraque: 211 mil;
- Emirados Árabes Unidos: 144 mil;
- Kuwait: 128 mil;
- Cazaquistão: 78.000;
- Argélia: 48.000;
- Omã: 40.000.
O corte foi liderado pela Arábia Saudita. No domingo, o Ministério de Energia do país disse que “essa é uma medida de precaução destinada a apoiar a estabilidade do mercado de petróleo”. A expectativa é que a redução na produção pressione o preço do petróleo, aumentando o preço do barril, que estava em baixa nas últimas semanas por conta da crise bancária nos Estados Unidos e Europa.
Brasileiros podem sentir o impacto na gasolina e em diversos outros bens
No caso brasileiro, em fevereiro deste ano, os impostos federais sobre a gasolina voltaram a interferir nos preços do combustível, afetando diretamente o valor final nos postos.
De acordo com a ANP, antes da volta dos impostos, o litro da gasolina custava em média R$ 5,08, mas depois de duas semanas, o número já havia saltado para R$ 5,57, com uma queda para R$ 5,48 na semana passada.
Mas, além de afetar diretamente os preços da gasolina, a redução na produção de petróleo terá impactos em diversas áreas do país, como transporte, agronegócio e serviços, devido ao aumento dos preços e seu efeito negativo na economia.
Com o cenário desfavorável, é importante acompanhar como o governo brasileiro lidará com a situação para para minimizar os impactos da redução na produção de petróleo para a população.