Uma nova medida estudada pelo Governo Federal vem preocupando milhões de clientes do Nubank, pois eles podem acabar perdendo os seus cartões de crédito! De acordo com o fundador e CEO da fintech, David Vélez, a situação é alarmante. A medida do governo visa criar um teto de juros para o rotativo do cartão. Entenda melhor.
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Nubank também se preocupa
Segundo o diretor executivo, a situação é prejudicial para o sistema financeiro brasileiro e irá acabar refletindo nos consumidores, visto que a operação não será mais rentável para as operadoras de crédito.
Recentemente, o banco atingiu a marca de 80 milhões de clientes, que foram atraídos pelos benefícios da fintech ou pelo famoso cartão roxinho que é ofertado por ela. Apesar desse salto nos números, o teto dos juros rotativos pode ser prejudicial para o crescimento do Nubank. Durante a sua entrevista ao Valor Econômico, Vélez afirmou que, caso o teto seja estabelecido, milhões de clientes perderão os seus cartões de crédito.
Medida pode gerar problemas na economia
De acordo com Vélez, mesmo que a medida pareça ser bem-intencionada para os consumidores, ela pode acabar gerando sérios problemas na economia do país. Isso devido ao fato de as operadoras de cartão de crédito e os bancos acabarem perdendo o interesse de ofertar o produto devido ao seu baixo retorno, fazendo com que a modalidade preferida de pagamento dos brasileiros seja seriamente impactada.
O diretor do Nubank afirmou que entende a preocupação do governo com os juros altos cobrados por essa modalidade, mas disse que há alternativas para conter esse crescimento, sem que precise criar um teto para isso.
“Estamos ativamente, junto com outros bancos, tentando sugerir algumas outras opções, mas, na minha avaliação, a solução é ter mais concorrência – algo que o Banco Central vem fazendo – e, por outro lado, é a questão macro. O juro alto vem diretamente do nível de inflação muito alto, que agora está sendo controlado. Mas que é algo que está fora do controle das instituições financeiras”, disse o CEO do Nubank em entrevista.
