Após depoimento de Shou Chew, CEO do TikTok, ao governo dos Estados Unidos, a pressão para o banimento da plataforma aumentou consideravelmente. Agora, muitos comentaristas reforçam a aposta de que haverá a aprovação de um projeto de Lei para Restringir o Surgimento de Ameaça à Segurança e aos Riscos da Tecnologia da Informação e Comunicação (RESTRICT). A ação resultaria no banimento do TikTok.
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Nesse sentido, a proibição da plataforma, que é muito usada por membros da comunidade de criptomoedas, poderia refletir diretamente na indústria de cripto.
Efeitos
Todo esse cenário chama a atenção pelos efeitos que podem causar. Isso porque, especialistas acreditam que o RESTRICT ACT apresenta semelhanças à Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência. Na prática, ela permitiu que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA impedisse que americanos fizessem transações com todas as entidades envolvidas.
Assim, não dá para ignorar os efeitos que podem surgir no espaço cripto após o banimento do TikTok. Isso porque, a partir daí, seria possível banir praticamente qualquer coisa que possa ter ligação direta ou indireta com um ‘adversário estrangeiro’.
Diante deste cenário, a proibição do TikTok acaba despertando uma certa preocupação em todos os que atuam no mercado de criptomoedas nos Estados Unidos. Na prática, essa tensão não é por conta da rede social em si, mas o impacto que a proibição pode ter na publicação e distribuição de softwares.
Assim, a preocupação atinge tanto quem percebe o fato como uma possibilidade de banimento indireto às criptomoedas quanto os que trabalham na divulgação de projetos de cripto a partir da rede social.
Implicações
A interligação entre criptomoedas e o TikTok ocorre desde 2020. Na época, o aplicativo foi o grande responsável por aumentar exponencialmente o preço do ativo meme Dogecoin, por meio de um desafio promovido na rede.
A partir daí o TikTok tem sido talvez a principal plataforma para projetos cripto no sentido de construção de comunidades. Assim, conteúdos do setor passaram a ser recorrentes no TikTok, atingindo números exorbitantes de visualizações. Na prática, isso ocorre porque a rede social se coloca como uma ferramenta importante para atingir um público mais jovem e, a partir de brindes e concursos, muitos conteúdos voltados para criptomoedas acabam viralizando na plataforma.
Por fim, se a proibição do TikTok se concretizar, será preciso encontrar novos meios para conectar os jovens ao universo das criptomoedas. Nesse sentido, provavelmente outras plataformas sociais devem ganhar espaço, como, por exemplo, a Meta.
Além disso, influenciadores que atuam na plataforma precisarão migrar para outras redes alternativas de streaming de vídeos curtos. Assim, o formato reels do Instagram e os shorts do YouTube podem ser os caminhos mais seguros para essa migração.