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Dá para confiar? Supermercado surpreende e vende picanha a R$ 19,98

Um estabelecimento em Niterói estava vendendo picanha fatiada a R$ 19,98 o quilo. Mas será que essa carne é mesmo picanha? Descubra!



Uma nova promoção de carne bovina deu o que falar nos últimos dias nas redes sociais. Na foto, é possível ver o quilo da picanha fatiada sendo vendido em um supermercado em Niterói a R$ 19,98. Mesmo carregando o nome de “picanha”, o corte pode acabar levando o consumidor ao erro, visto que a carne não é propriamente o que diz.

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De acordo com Felippe Serigati, coordenador do Mestrado Profissional em Agronegócios da FGV, a carne “parece, mas não é”. Isso porque a peça é uma mistura entre a picanha e o coxão duro. A parte da picanha começa quando as três últimas veias da região traseira do boi são identificadas. O coxão duro é o músculo da perna do animal.

É um corte mais rígido por causa das fibras.

“A picanha fatiada é retirada de uma peça inteira de picanha e separada para ser embalada a vácuo para venda. Nesse sentido, a carne mostrada na imagem provavelmente não é 100% composta pela parte nobre do boi”, explicou Serigati.

Picanha ficou mais barata

O corte é um dos mais amados pelos brasileiros, muito utilizado nos churrascos com a família ou mais pedido em uma ida à churrascaria. Mesmo não estando a R$ 19,98 nos supermercados, ele sofreu uma queda de valor nos últimos meses. Em fevereiro, o preço das carnes ficou mais em conta para os consumidores, segundo os dados divulgados pelo IBGE ao liberar o IPCA.

Dessa forma, as carnes ficaram, em geral, 1,22% mais baratas: a picanha teve uma queda de 2,63% em seu valor; a alcatra baixou até 2,50%; o filé mignon mostrou uma queda de 1,77%. A costela também registrou uma mudança de 2,28% no seu preço. Estes foram os cortes nobres que mais exibiram uma redução de valor no último mês.

De acordo om o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, isso já havia acontecido em janeiro, porém a mudança foi ainda maior em fevereiro. Isso pode ter ocorrido como um reflexo do maior volume de carne ofertada nos comércios brasileiros devido à suspensão da exportação de carne para a China, após um episódio de “vaca louca” no início do ano.

“O mercado de carnes tem tido uma maior oferta tanto de carne bovina quanto de frango. Isso teve um efeito mais forte no frango nos meses anteriores e agora teve um efeito maior nas carnes”, esclareceu Kislanov.




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