Está difícil abastecer: novo preço da gasolina volta a decepcionar os brasileiros

Levantamento de preços mostra que o preço do combustível ficou mais caro na semana entre os dias 16 e 22 de abril.



O sobe e desce dos preços dos combustíveis voltou a ocorrer na semana passada no Brasil. Enquanto quem utiliza diesel teve boas notícias, os donos de veículos a gasolina ou etanol continuaram frustrados ao visitar os postos brasileiros.

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Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina ficou estável na semana entre os dias 16 e 22 de abril, custando R$ 5,51 o litro. Há duas semanas, o preço estava em R$ 5,50 o litro.

Apesar do valor médio, a ANP encontrou um posto vendendo o combustível a R$ 7,35 no mesmo período. Vale lembrar que o produto custava R$ 4,96, em média, na última semana de 2022, o que representa uma alta superior a 11% nos primeiros meses de 2023.

Por região

Os dados da agência também mostram que a gasolina ficou estável porque as variações nas regiões brasileiras foram diversas. Os preços caíram no Nordeste (-0,53%) e no Centro-Oeste (-0,18%), mas subiram no Sul (+0,36%) e no Sudeste (+0,19%). No Norte, não houve mudança.

Após os novos resultados, o preço médio do combustível por região brasileira ficou assim na semana passada:

  1. Sudeste: R$ 5,37;
  2. Centro-Oeste: R$ 5,46;
  3. Sul: R$ 5,52;
  4. Nordeste: R$ 5,60;
  5. Norte: R$ 5,82.

Entre os estados, as maiores quedas foram registradas em Piauí (-1,40%), Pernambuco (-1,30%) e Maranhão (-1,10%). Já os avanços mais expressivos ocorreram em Santa Catarina (+2,18%) e Ceará (+1,76%).

Explicações

O aumento de R$ 0,55 por litro entre o fim de 2022 e a última semana é resultado, principalmente, da retomada da cobrança de impostos federais sobre gasolina e etanol. No início de março, época em que o governo federal tomou a decisão de acabar com a desoneração, a alta esperada era de R$ 0,47 por litro.

Apesar do resultado atual, o custo do produto ainda é 24,21% menor do que há um ano, quando ele era vendido pela média de R$ 7,27 o litro. A decisão de cortar impostos, inclusive, foi tomada para evitar que o patamar continuasse tão alto em um ano eleitoral.

Etanol e diesel

O etanol registrou sua segunda alta semanal consecutiva, passando de R$ 3,90 para R$ 3,98 o litro, acréscimo de 2,05%. Já o diesel teve queda pela 11ª semana seguida, para R$ 5,73 o litro, recuo de 0,52% na comparação com a semana anterior.

Os resultados são melhores para o diesel porque o combustível segue desonerado, ou seja, o governo manteve o corte de impostos até o fim do ano. Além disso, a Petrobras anunciou em março uma redução nos preços repassados às distribuidoras.




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