Fiat Uno pode voltar ao mercado popular e SURPRENDER motoristas

CEO da Stellantis, responsável por marcas como Fiat, Citroën, Jeep e Peugeot quer a criação de um programa para carro popular ecológico no Brasil.



O Uno Mille vai voltar ao Brasil? Se depender do CEO da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, é possível que sim. Ele sugeriu uma união entre montadoras, o governo brasileiro e os fornecedores para criar um programa de carro popular ecológico no país. No país, a Stellantis produz carros de quatro marcas: Fiat, Citroën, Jeep e Peugeot.

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A ideia de Filosa foi debatida pela primeira vez durante um seminário da revista AutoData. Nela, o CEO sugeriu que o tão famoso Fiat Uno pode retornar ao mercado brasileiro como uma das alternativas de produto popular e ecológico, caso a ideia seja aceita e posta em prática.

Filosa afirmou que, caso um projeto de carro popular ou de baixo custo for implementado, poderá haver migração dos usuários das motocicletas ou dos veículos usados, o que beneficiaria tanto a indústria quanto os consumidores com menor poder aquisitivo.

O movimento de um carro popular e ecológico não é uma exclusividade da Fiat. Marcas como Citroën, Volkswagen e Toyota apoiam a ideia de um carro híbrido flex, enquanto Jeep e GWM demonstraram interesse em um veículo mais caro.

Embora a Hyundai ainda não tenha se pronunciado, é provável que também estejam a favor. Entretanto, ainda há incertezas sobre a opinião da Chevrolet, Renault e Nissan, que estão focando em carros elétricos.

Como seria a proposta de um carro popular ecológico no Brasil?

Os modelos elétricos ou híbridos hoje, no Brasil, chegam a preços elevados. Caso a discussão levantada pela Fiat avance, um esforço conjunto com o governo pode subsidiar veículos de fontes renováveis a preços mais populares.

No caso da Fiat, uma das possibilidades é a volta do Uno como carro híbrido popular, utilizando tecnologia MHEV, mais barata para produção. O modelo Panda, fabricado e desenvolvido na Itália, poderia ser a base para o Fiat Uno Hybrid no Brasil, tendo em vista que a diferença entre o Uno e o Panda é mínima.

O modelo Panda Hybrid, com motor 3 cilindros 1.0 de 71 cv e 98 nm, tem um câmbio manual de 6 marchas e consegue fazer 21,3 km/l de gasolina na cidade e 28,6 km/l na estrada, com autonomia combinada de 25 km/l. Ele usa uma bateria pequena de 12V.

No entanto, para ser viável no mercado brasileiro, o carro teria que ter um preço máximo de R$ 60.000, daí a importância de envolver o governo para diminuir os custos.

A Volkswagen, por sua vez, tem um projeto para um pequeno SUV na plataforma do Polo Track que também poderia ser uma solução semelhante. No caso de um programa para carros populares, seria uma chance, inclusive, de reviver a marca Gol no Brasil.

Em resumo, o projeto para um carro popular ecológico e mais barato no Brasil pode ser estratégico para a indústria e para o país, e pode ajudar a reduzir a poluição e o consumo de combustíveis fósseis no país. Como visto, as montadoras não estão dispostas a fazerem isso sozinhas. Resta ao governo se abrir para essa discussão.




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