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Uma pechincha! Cartões clonados são vendidos a R$ 35 em redes sociais

Entenda como os criminosos operam essa rede na internet, assim como os desafios de segurança digital para bancos e entidades públicas.



Sem nenhum pudor, golpistas passaram a usar algumas redes sociais, como, por exemplo, o Twitter, para atrair pessoas interessadas em comprar cartões clonados. Também por meio de aplicativos como o WhatsApp e o Telegram, os criminosos divulgam relatos de supostos clientes satisfeitos com as compras ao exibirem produtos comprados com dinheiro extraviado.

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Em algumas mensagens, textos como “Quem compra nunca se arrepende. Material tá puro lucro, vamos pra cima” indicam o comércio abertamente nas redes sociais.

Crimes

A ação consiste em diversas práticas criminosas, dentre eles fraude eletrônica, roubo de identidade, acesso não autorizado a computadores, assim como lavagem de dinheiro e conspiração. Ainda é possível escolher pacotes conforme saldo disponível:

  • Cartão clássico com R$ 300 de saldo por R$ 35
  • Tipo Black com R$ 900 de salgo por R$ 80
  • Outros saldos entre R$ 5 mil e R$ 8 mil com valores em torno de R$ 460.

Cases de “sucesso”

Para conquistar novos clientes, esses perfis em redes sociais trazem depoimentos e casos de “sucesso”. São celulares, aparelhos de ar-condicionado, placas de vídeo e até TV Smart supostamente comprados com os cartões com gastos redirecionados a outras pessoas.

Apesar de as páginas de comércio ilegal serem derrubadas de forma constante, os criminosos criam novos perfis sempre que necessário. Em suma, a maioria dos cartões comercializados tem origem em extravios a partir de agências bancárias, são provenientes de golpes da maquininha, de dados financeiros vazados e vendidos na dark web.

Segurança digital

Apesar dos investimentos crescentes dos setores público e privado em tecnologia e aparado legal para proteger cidadãos de golpes e vazamentos de dados, a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços acredita que o mundo digital ainda é um desafio.

Isso porque, mais de 98% das compras presenciais feitas com cartões são por meio de cartões com chip, diminuindo as chances de clonagem. Já no meio digital, muitos bancos se utilizam de tecnologias para tentar driblar os golpistas. Para isso, adota-se o uso de ferramentas de geolocalização para validar as compras.

Na prática, há um cruzamento de comportamento do titular do cartão com a localização em que a transação é realizada. Assim, é possível indicar possível clonagens de cartão.

Por fim, quando se trata de medidas da esfera pública, o maior desafio é a implementação de aparatos legais para resguardar a privacidade do usuário e punir o vazamento de dados.




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