O número de casos de câncer orofaríngeo está aumentando ao redor do mundo. O motivo disso pode ser considerado um tanto quanto inusitado: de acordo com especialistas, a causa pode estar relacionada aos hábitos sexuais dos indivíduos e ao baixo número de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV).
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Atualmente, os serviços de saúde estão se deparando com um aumento de nível epidêmico nos casos de infecção sexual por HPV. Vale lembrar que esse vírus é o principal causador do câncer no colo de útero. Por ser um vírus com múltiplas cepas, geralmente elas são eliminadas sem grandes prejuízos pelo nosso sistema imunológico.
Infelizmente, as cepas conhecidas como HPV16 e HPV18 são as principais causadoras de cânceres, geralmente apresentam um desenvolvimento lento e silencioso, atrasando o seu diagnóstico e tratamento dos pacientes.
Sexo sem camisinha é o maior causador
De acordo com especialistas, uma epidemia de câncer orofaríngeo está aumentando nos Estados Unidos, causado pelo contato com o vírus. O site Science Alert traz estudos epidemiológicos que traçam uma relação entre o câncer e o comportamento sexual dos participantes envolvidos na pesquisa.
O estudo aponta que, independentemente do gênero, mais de 80% dos participantes já haviam feito sexo oral e que a cepa prevalente do câncer na garganta é a HPV16. A quantidade de infectados é consideravelmente maior em um dos gêneros. O estudo mostrou também que homens são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de garganta.
Isso, devido ao maior número de relações sexuais que têm durante a vida.
Segundo o site UCI Health, a cada cinco infectados, cinco são homens.
Como se prevenir contra o câncer
As campanhas de vacinação contra o HPV para adolescentes e jovens que ainda não têm vida sexual ativa são comuns em nosso país. As vacinas são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as unidades básicas e são indicadas para meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade.
Para pessoas que já passaram dessa faixa etária ou que já têm uma vida sexual ativa, também é possível se prevenir utilizando barreiras durante o sexo oral, como as camisinhas. Caso você tenha irritações constantes na garganta, hálito fétido, dor na mandíbula ou ouvido, feridas no céu da boca, sangramento bucal ou dificuldades para mastigar e engolir, procure imediatamente um médico de referência e confiança.
Por fim, busque relacionar-se de forma segura para evitar que a doença seja transmitida. A prevenção é sempre a melhor forma de combate às infecções sexualmente transmissíveis.