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Carros populares sumiram das lojas por ESTE motivo, diz especialista

Segundo análise de especialista, mudanças no setor envolvendo tecnologia e impulsionadas pela pandemia causaram a "extinção" desses carros.



O setor automotivo passou por mudanças drásticas nos últimos anos, impulsionadas pela tecnologia e, mais recentemente, pela pandemia e suas consequências. Essas transformações acabaram por eliminar do mercado uma categoria de veículos muito querida pelos brasileiros: os carros populares.

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Reconhecidos pelo custo-benefício, tanto de aquisição quanto de manutenção, esses automóveis atendiam as necessidades daqueles que buscavam uma opção acessível para a locomoção, mas deixaram de existir principalmente devido à modernidade, segundo aponta especialista.

Em entrevista à CNN Rádio, o coordenador de Cursos Automotivos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antônio Jorge Martins, avaliou que essa alteração radical foi resultado do cenário atípico causado pela pandemia. Ele explica que as montadoras passaram por uma interrupção da produção, envolvendo o processo de fabricação de veículos.

Fabricação de carros sofreu mudança brusca na pandemia

A ruptura atingiu desde a elaboração dos produtos, passou pelos processos de trabalho e serviços, então atingiu em cheiro os consumidores finais. O setor passou por uma transformação, pois acabaram abandonando a ótica analógica e passaram a adotar a modernidade tecnológica, o que acabou interferindo nos preços.

O coordenador ainda detalha que, na prática, isso foi impulsionado pelos semicondutores. O novo material facilita a transmissão de energia e basicamente é matéria-prima para a produção de chips usados na fabricação de uma variedade de dispositivos eletrônicos, como smartphones, notebooks, aparelhos de TV e, claro, os carros.

O setor demandou um aumento do uso dessa ferramenta.

No início da pandemia, ocorreu a adoção das medidas de prevenção, como o lockdown, influenciando diretamente na suspensão da produção. As empresas optaram por cancelar encomendas dos semicondutores utilizados em seus veículos, sem contar que, com a popularização do home office, mais equipamentos eletrônicos foram solicitados, contudo os fornecedores das peças não conseguiram atender toda a demanda.

Martins explica que os eletrônicos continuarão em alta, atingindo 40% do setor até 2030. À medida que os carros passarem a ficar mais digitais, outros produtos serão depreciados. Ele acredita que a redução no preço retiraria itens importantes de segurança. Uma solução para os carros mais baratos seria os incentivos fiscais.




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