A cada dia aumenta o número de pessoas que se sentem lesadas ao adquirir um pacote pela agência de viagens online Hurb, antigo Hotel Urbano. Isso porque muitos viajantes não têm conseguido usufruir dos serviços pagos com antecedência.
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Além disso, nesta semana, a saída de um CEO da empresa, assim como as suspeitas sobre falência, aumentaram a desconfiança.
Cenário
As vendas da Hurb tiveram um aumento exponencial principalmente durante a pandemia, período em que o turismo sofreu impacto direto. Para tentar contornar a situação, a empresa passou a oferecer pacotes de viagens com datas flexíveis, ou seja, era possível alterar o período da viagem sem custo adicional.
Vale lembrar que, na época, muitos especialistas em Direito do Consumidor levantaram alerta sobre a escalada nas vendas da Hurb. Para eles, a ação ocasionaria um acúmulo de pacotes que só teriam uso após o ápice da pandemia. E é justamente esse quadro que ocorre hoje.
Devolução
Na prática, a chance de prejuízos com pacotes com data de aquisição da pandemia é bem maior. Isso porque, uma lei federal de 2020 delimita que empresas de turismo tem o prazo de até um ano para devolver valores de pacotes.
A ação é válida justamente para compras e cancelamentos feitos no início do período da Covid-19, ou seja, de março a dezembro de 2020. Igualmente, além do reembolso, o consumidor também pode ir à Justiça pedir indenização por danos.
Já para compras fora desse período, o prazo de solicitação para devolução do valor é de até 7 dias, conforme resolução da Agência Nacional de Aviação.
Hurb
Entretanto, por meio de nota, a Hurb afirma que busca priorizar as datas dos pacotes conforme foram contratadas pelos clientes. Igualmente, a empresa nega dificuldades financeiras ou mesmo o risco de falência.
Por fim, caso não seja possível encontrar voos dentro do tarifário promocional, a empresa orienta os viajantes a sugerir novas datas, dentro da validade do pacote.