Ao digitar “Ozempic” nas redes sociais é possível encontrar diversos vídeos em que pessoas afirmam que emagreceram usando o medicamento. E foi justamente assim que uma publicitária, de 29 anos, decidiu usar o medicamento sem orientação médica. O ato acabou fazendo com que ela parasse na UTI, com um quadro de quase insuficiência hepática.
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Na ocasião, a publicitária estava insatisfeita com o próprio corpo, por ter engordado 10 quilos durante a pandemia. O medicamento vem em uma “canetinha” com uma agulha na ponta para aplicação.
Fabricante
Por meio de nota à BBC News Brasil, o Novo Nordisk, laboratório fabricante do Ozempic, destacou que o medicamento deve ser usado em adultos com diabetes tipo 2, atrelado à dieta específica e exercícios físicos. Além disso, o fabricante ressalta que o medicamento precisa de prescrição médica.
No caso da publicitária, o laboratório destacou que o medicamento não traz interferências na função do fígado, podendo ter o uso, inclusive, por pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada.
Efeitos colaterais
A publicitária destacou que fez uso do medicamento uma vez por semana, aumentando sempre a dosagem. Desde a primeira aplicação, teve ânsia e dor de cabeça. Tais sintomas ficaram ainda mais intensos nas próximas aplicações até que ela decidiu pedir ajuda em um pronto-socorro. Contudo, ela não relatou aos médicos o uso do medicamento sem receita médica.
Em suma, houve a constatação de alterações no fígado, que levaram a paciente à internação. Diante da gravidade do caso, ela foi levada para a UTI.
Ozempic
O uso correto do Ozempic tem como foco o controle de açúcar no sangue, redução de apetite e retardamento do esvaziamento gástrico. Contudo, o seu uso indiscriminado traz consequências como:
- Potencialização das complicações oculares do diabético;
- Desidratação grave com insuficiência real;
- Pancreatite aguda grave.
Emagrecimento rápido
O medicamento traz como efeito colateral a perda de peso rápido. Por isso, viralizou como um “tratamento alternativo não autorizado” para quem deseja emagrecer. No entanto, mesmo com tal efeito colateral, não quer dizer que ele deve ter o uso indiscriminado por qualquer pessoa.
Isso porque, um dos critérios para indicação de medicamentos no tratamento da obesidade é o Índice de Massa Corpórea (IMC) maior do que 30 ou em pessoas que tem IMC maior ou igual a 27 e que tenha comorbidades associadas à obesidade.
Por fim, a prática de automedicação sem critérios e acompanhamento médico faz com que o medicamento seja usado de forma inadequada, trazendo riscos à saúde.