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Greve na Uber: veja quando acontece e o que esperar da nova paralisação dos motoristas

Motoristas de transporte por aplicativo organizam paralisação nacional para reivindicar seus direitos.



As dificuldades enfrentadas pelos motoristas de aplicativos chegaram a um ponto crítico e a categoria decidiu promover uma nova greve para dar visibilidade às suas demandas. No dia 15 de maio, profissionais da Uber, 99 e outras empresas farão uma paralisação nacional.

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Eles afirmam que os repasses feitos pelas corridas estão muito defasados e quase não cobrem nem mesmo os gastos com o veículo. As plataformas do setor ficam com cerca de 60% do valor pago pelo passageiro, segundo a Amasp (Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo).

Além da defasagem no pagamento, os motoristas de aplicativos enfrentam punições injustas, como banimento, além da falta de segurança.

“As reivindicações são inúmeras, desde reajustes e repasses melhores nas tarifas, quanto a segurança, banimentos injustos, melhoria da plataforma no quesito ferramentas, mais dignidade, melhores condições de trabalho, dentre outros pontos”, explica Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp.

Dificuldades da categoria

Uma viagem que custava R$ 10 para o passageiro gerava um retorno de R$ 7,50 para o motorista em 2016, conta Souza. A mesma corrida hoje custa cerca de R$ 14 para o cliente, mas o profissional ganha apenas R$ 7.

Outro fator que pressiona a margem dos trabalhadores é a inflação, que elevou os preços dos combustíveis, o valor dos serviços de manutenção e os custos de financiamentos e aluguéis de carros. “Está inviável trabalhar”, completa o presidente da Amasp.

A associação pontua em nota que tentou por diversas vezes negociar com as empresas do setor, mas não obteve resultado.

Paralisação nacional

O movimento dos motoristas de aplicativos deve contar com adesão de 70% da classe, hoje formada por cerca de 2 milhões de trabalhadores. Ele também tem o apoio da Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp), além da Amasp.

No Rio de Janeiro, os profissionais marcaram uma manifestação na porta da sede da Uber. Os manifestantes partirão do aeroporto Santos Dumont no próximo dia 15.

Quem precisar de uma corrida terá que se preparar, já que a tarifa deve ficar dinâmica, ou seja, mais alta que de costume. Além disso, os passageiros poderão encontrar dificuldades em conseguir uma viagem em alguns locais do país.




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