Diversos produtos surgem no mercado com a proposta de melhorar a vida das pessoas, tanto fisicamente quanto em níveis de bem-estar emocional. A lente de contato é um desses objetos, pois oferece conforto e ajuda na autoestima de pessoas que não lidam muito bem com as armações dos óculos convencionais.
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Porém, é preciso fazer a manutenção e tomar os cuidados corretos ao utilizar as lentes de contato. Lembre-se de que elas são feitas de material sensível e estão sempre em contato direto com os olhos humanos.
Por isso, alguns laboratórios dos Estados Unidos da América (EUA) resolveram compartilhar um dado alarmante. De acordo com as informações, as lentes podem contar alguns produtos químicos “eternos”. São as famosas substâncias conhecidas pela sigla PFAS (na tradução: corruptela de perfluoroalquil e plifluoroalquil). Esses elementos podem permanecer para sempre na corrente sanguínea ou mesmo na água potável.
18 marcas populares com sinais desses produtos
A organização voltada à saúde e ao meio ambiente, Environmental Health Services, informou que 18 marcas populares de lentes de contato apresentavam os elementos químicos citados. Todas as lentes testadas apresentavam algum traço da existência de PFAS.
As lentes de contato são perigosas?
Ainda não é possível afirmar se a presença de PFAS nas lentes é algo perigoso para a saúde dos usuários. Nos EUA, as autoridades costumam monitorar os níveis dessas substâncias apenas quando eles atingem a água potável.
Embora seja necessário aprofundar o tema e as pesquisas, especialistas dizem que os compostos costumam ser utilizados em materiais mais baratos e eficazes para as fábricas. O problema está na ausência de dispositivos regulatórios e de fiscalização para monitorar esse tipo de composição nas lentes de contato.
Fiscalização ainda precária
As FPAS estão presente em diversos utensílios, como as panelas antiaderentes, por exemplo. Controlar a utilização deles hoje é uma tarefa quase impossível, pela falta de órgãos regulatórios, por exemplo.
Em relatório próprio ONG Environmental Working Group (EWG), mostrou que quase todos os animais dos continentes possuem algum nível de FPAS em seu corpo atualmente. Apenas os animais da Antártida ainda mostram certa resistência de contaminação.
Ainda é preciso entender o que esse tipo de exposição química pode causar a médio e longo prazo.