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O que os cientistas dizem sobre a inteligência artificial é desesperador

De acordo com a especialista Amy Webb, o futuro com IA pode ser otimista ou catastrófico. Os indicadores pendem para segunda opção.



A inteligência artificial (IA) tem se mostrado cada vez mais presente na vida de usuários de todo o mundo, mudando a forma com a qual tomamos decisões, sejam elas para o bem ou para o mal. Com isso, os especialistas dizem ter pouca certeza de que os governos estão preparados para o que isso pode causar futuramente à sociedade.

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Em 2019, o grupo de pesquisa sem fins lucrativos OpenAI criou um software que era capaz de produzir textos e realizar a análise e uma compreensão rudimentar de textos sem instruções específicas. O grupo preferiu não disponibilizar a ferramenta para o público, afirmando que o programa era “perigoso demais” demais para a época, pois tinham receio do que pessoas mal-intencionadas pudessem fazer com o programa.

Três anos depois, a capacidade dos sistemas de IA aumentou consideravelmente. Agora, ela é capaz de gerar até imagens e vídeos tão reais que geraram polêmicas nos noticiários e redes sociais. O tema mais recorrente na conferência interativa South by Southwest, reunião global com investidores, executivos da área de tecnologia e formuladores de política, foi justamente o poder dos programas de IA.

Inteligência pode facilitar ou acabar com a vida dos seres humanos

De acordo com a chefe do instituto Future Today e professora de negócios da Universidade de Nova York, Amy Webb, a inteligência artificial pode seguir duas direções nos próximos dez anos. No primeiro cenário, o mais otimista deles, o desenvolvimento da IA irá se concentrar no bem comum, como um design de sistema transparente.

Por meio dele, os indivíduos poderão decidir se suas informações serão disponibilizadas ao público na internet. Poderão optar se serão incluídas em base de dados de conhecimento da inteligência. A tecnologia facilitaria a vida dos humanos, estando mais presente positivamente no consumo e ajudando a desempenhar virtualmente as tarefas.

Em contrapartida, o outro cenário descrito por Webb é realmente catastrófico. Desse modo, os humanos podem ter menos privacidade de dados, e o poder poderá ser mais centralizado em poucas companhias. Já em relação às compras, a IA poderá antecipar as necessidades dos usuários.

Ela poderá inverter as verdadeiras escolhas e ofertar aquilo que mais irá gerar lucro para empresas.

Infelizmente, esse cenário tem até 80% de chances de se tornar real.

Governo e empresas serão os fatores decisivos para o futuro

Em entrevista à BBC, Webb afirmou que o rumo que a IA irá tomar vai depender da responsabilidade das empresas que vão desenvolvê-las. Para isso, será previso que elas sejam transparentes, revelando e fiscalizando de quais fontes os chatbots estão extraindo as informações que alimentam o sistema.

Além disso, Webb afirma também que o segundo fator decisivo é o governo, incluindo os órgãos federais de regulamentação e o Congresso. Assim, o governo deverá agir rápido o suficiente para definir proteções legais e orientar os desenvolvimentos tecnológicos, de acordo com a segurança dos cidadãos, evitando um uso indevido.

Ao analisar o comportamento atual dos governos com as grandes empresas, como Facebook e Google, o futuro não parece ser muito animador. “O que ouvi em muitas conversas foram preocupações de que não existe nenhuma barreira de proteção”, disse Melanie Subin, diretora-gerente do Future Today, durante a conferência.




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