Onde é mais barato comprar roupa: Shein, Renner, C&A ou Riachuelo?

Um levantamento feito pela BTG Pactual mostrou se é realmente mais barato montar seu guarda-roupa na Shein. Resultados surpreendem!



A Shein foi a responsável pela venda de mais de R$ 7 bilhões em produtos no Brasil no último ano, fato que fez com que a empresa chinesa alcançasse a terceira posição de maior varejista de moda no país. Com isso, ela ficou atrás somente da Riachuelo e da Renner.

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Mesmo sendo pouco conhecida por consumidores brasileiros há pouco tempo, a Shein já possuía potencial para atingir a liderança do mercado de moda local ainda neste ano. Visando atingir essa meta, a Shein começou a investir em publicidade no Brasil, contratando influenciadores e oferecendo condições especiais para brasileiros, como entrega grátis e cupons.

De acordo com os cálculos do BTG Pactual, a Shein faturaria cerca de R$ 16 bilhões em 2023, mais que dobrando o seu volume atual de vendas. Contudo, com a decisão do Governo Federal de aumentar a fiscalização de encomendas trazidas do exterior, a nova meta da Shein pode se tornar um pouco mais dificultada.

Competição desleal?

Ainda segundo o estudo da BTG Pactual, as peças vendidas pela Shein chegam a ser até 400% mais baratas que as de suas principais concorrentes brasileiras, a Renner, Riachuelo e C&A. Assim, o banco levantou o valor médio das roupas e acessórios vendidos nos sites e lojas de moda, estimando qual o custo de se montar um guarda-roupa completo em casa marca.

O levantamento ficou da seguinte forma:

  • Shein: R$ 649;
  • Renner: R$ 1.090;
  • Riachuelo: R$ 990;
  • C&A: R$ 990.

Dessa forma, grande parte das peças saem mais em conta se o consumidor realizar sua compra pela Shein. A única exceção do levantamento são as blusas, que podem sair até R$ 40% mais baratas caso sejam adquiridas nos concorrentes locais. Porém, ao somar o restante do guarda-roupa, ainda assim fica mais barato comprar as peças da varejista asiática.

Produção nacional

No último mês, a Shein anunciou que irá realizar um investimento de R$ 750 milhões no Brasil. A declaração ocorreu durante a discussão sobre a taxação de produtos estrangeiros. Com isso, o intuito da empresa é de firmar parcerias com fornecedores locais para que 80% das pelas vendidas sejam feitas no Brasil.

No entanto, ao nacionalizar sua produção, é possível que a Shein acabe perdendo o seu diferencial de preço. Isso porque ela estará funcionando sob a mesma estrutura de impostos e custos de suas concorrentes.

Em contrapartida, a Shein tem um grande diferencial que as demais varejistas estrangeiras não possuem. Além do seu preço atrativo, a Shein tem uma forte capacidade de saber o que o consumidor deseja. Ademais, a Shein produz esse desejo de forma rápida e em pequenos lotes, entregando por meio de uma forte presença nas redes sociais.

Desse modo, a BTG afirma que, mesmo que o preço das “brusinhas” da Shein aumentem a médio prazo, é provável que a varejista chinesa continue sendo a preferência do consumidor brasileiro.




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