Nesta quinta-feira, 25, Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, anunciou um pacote de medidas com o intuito de diminuir o valor dos carros zero km. Após a apresentação do novo cenário, Marcio Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comentou sobre a redução de impostos para o setor.
Leia mais: Gel antirradar: produto que promete FIM das multas é legalizado?
A fala acena positivamente para uma queda nos valores hoje praticados. Para ele, os carros abaixo de R$ 60 mil provavelmente voltarão a ser realidade. “Sobre o preço, cada montadora tem sua política. Com as reduções tributárias em discussão e o esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos queda nos preços”, disse.
Benefícios
Alckmin destacou que o governo federal concederá descontos em tributos, como, por exemplo, o IPI e PIS/Confins. O abatimento terá uma variação entre 1,5% e 10,79% no valor final do veículo. Entretanto, vale destacar que a medida terá validade apenas para carros abaixo de R$ 120 mil, por um período ainda a ser determinado.
Diante deste cenário, Leite afirmou que o ideal é que as políticas de isenção durem pelo menos um ano. Isso porque, assim, a produção e os investimentos da indústria automobilística poderão aumentar dos 50% da capacidade atual.
“Ao que nos pareceu, o ministro da Fazenda está fazendo as contas para identificar se a validade da Medida Provisória se dará por um ano, seis meses, dois meses, quatro meses. O tempo é fundamental para falar do tamanho da renúncia. Em princípio, entendemos que o ministério discute o tempo, não o conceito”, explicou o presidente da Anfavea.
VEJA TAMBÉM: Descalço ou chinelo no pé? Afinal, o que resulta em multa para o motorista?
Além disso, Leite também destacou que a medida será importante para evitar greves, assim como diminuir impactos ambientais, uma vez que a renovação da frota hoje utilizada no Brasil pode fazer total diferença. Hoje “o carro usado emite 23 vezes mais que o novo”, afirmou, se referindo aos poluentes advindos de combustíveis fósseis.
Medida provisória
Por fim, vale lembrar que a iniciativa ainda precisa passar por análise de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para então ser implementada. A ação deve ocorrer em um prazo de 15 dias. Em seguida, haverá a assinatura de Medida Provisória para garantir o pacote de benefícios.
