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Renda da população cresce 6,9% em 2022 com impulso do Auxílio Brasil ‘inflado’

Dados da PNAD Contínua 2022 do IBGE que revelam como o rendimento médio da população brasileira cresceu no último ano.



Impulsionado pelo Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) e pela melhora no mercado de trabalho, o rendimento médio dos brasileiros cresceu 6,9% no ano passado. Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua de 2022, elaborada pelo IBGE.

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No último ano, a renda mensal real por habitante foi de R$ 1.586. Em 2021, o rendimento da população do país atingiu a mínima de R$ 1.484 per capita, menor valor desde 2012, início da série histórica.

Papel dos programas sociais

Durante o ano eleitoral, o valor do Auxílio Brasil aumentou para R$ 600 e o número de beneficiários do programa saltou para 21,6 milhões. Isso puxou o resultado, especialmente porque a participação dos programas sociais na renda mensal média per capita cresceu de 4% para 4,6% entre 2021 e 2022.

Foi observado um crescimento nas fontes de renda não provenientes do trabalho, que tiveram acréscimo de 12,1% no mesmo período, passando de R$ 1.478 para R$ 1.657. A alta abrange programas de transferência de renda, aposentadorias, pensões, aluguéis e outras formas de ganhos.

Uma alta significativa de 44,8% (de R$ 562 para R$ 814) foi observada no valor recebido na categoria de “outros rendimentos”, que inclui o Auxílio Brasil. Em 2021, menos de 10,6% da população recebia esse tipo de recurso. Em 2022, o volume caiu para 8,9%, mostrando que a importância da transferência de renda cresceu, mesmo após o fim do Auxílio Emergencial.

Mercado de trabalho

O segundo responsável foi a melhora no mercado de trabalho, já que 7,7 milhões de trabalhadores ganharam uma ocupação (e renda) entre 2021 e 2022. Por outro lado, a participação do trabalho no rendimento médio das famílias caiu de 75,3% para 74,5%.

Apesar do percentual da população ocupada ter chegado ao maior nível da série histórica, a renda média real do trabalhador despencou 2,1% no período. O IBGE afirma que o motivo é a entrada de profissionais com menor remuneração no mercado.

Aumento no Auxílio Brasil

Durante o governo Bolsonaro, o Bolsa Família, então chamado de Auxílio Brasil, aumentou o valor do pagamento mínimo de R$ 200 para R$ 600. Além disso, a gestão aprovou auxílios para caminhoneiros e taxistas, além de aumentar o valor do vale-gás nacional.

Em dezembro de 2021, o número de beneficiários do maior programa social do país chegava a 14,5 milhões. Apenas um ano depois, a quantidade de atendidos saltou para 21,6 milhões.

O inchaço é alvo de investigações e pode ter ocorrido devido ao desmembramento dos integrantes das famílias, já que o número de beneficiários unipessoais disparou de 3,3 milhões para 5,8 milhões. Para resolver o problema e eliminar pagamentos indevidos, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) iniciou um grande processo de averiguação nos cadastros.




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