Saiba o que o governo está fazendo para que carros populares voltem às ruas

Governo confirma intenção de reduzir o valor dos veículos de entrada, mas ainda há incertezas e desafios. Os carros populares ficarão acessíveis?



O preço do carro zero no Brasil assusta quem pretende trocar o automóvel ou mesmo adquirir o primeiro carro. Isso, porque mesmo os modelos considerados como “de entrada” exibem valores iniciais próximos a R$ 70 mil. Diante desse contexto, o presidente e Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, têm trabalhado para que os carros populares voltem às ruas naquele precinho.

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Os dois mais baratos vendidos no Brasil são o Renault Kwid e o Fiat Mobi. Eles custam entre R$ 66 mil e R$ 77 mil.

Cenário dos carros populares no país

Nesse sentido, na última semana, Lula afirmou que é preciso trabalhar para alterar esse cenário. “No Brasil, não tem mais carro popular. Como uma pessoa pobre compra um carro de R$ 70 mil? Se já mudamos as coisas uma vez, por que não podemos mudar de novo?” destacou o presidente.

Essa redução de valores tem sido pauta frequente no Planalto. As negociações estão sendo encabeçadas pelo vice, Geraldo Alckmin. Por isso, desde abril, o ministro tem se reunido com representantes de montadoras para discutir medidas de redução: “Recebi a diretoria da Renault para debatermos propostas que fortaleçam o setor automotivo. O presidente Lula está empenhado em retomar o vigor da nossa indústria automobilística, que é grande empregadora”, anunciou Alckmin.

Pacote de medidas

A expectativa é de que o governo anuncie um pacote de medidas voltadas para o mercado automobilístico no dia 25 de maio. A data marca o Dia da Indústria; contudo, até o momento, não há nenhuma estratégia definida para o alcance de preços mais acessíveis para o tão sonhado zero km.

Na prática, o governo tem focado em ações para os modelos compactos e de motor 1.0. O que se espera é que, enfim, os valores praticados hoje caiam bastante, ficando na casa de R$ 50 mil a R$ 60 mil.

Desafios encontrados

Apesar da boa vontade do governo na discussão de linhas de crédito diferenciadas para o setor fabril, redução tributária e programas para financiamento de veículos, o plano parece ser de difícil execução. Isso, porque a equipe tem buscado novas formas de arrecadação para cumprir o novo marco fiscal.

Também vale lembrar que o setor automotivo ainda se recupera da pandemia.

Prova disso é que o relatório mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou uma queda na produção e venda de automóveis. Em suma, houve a produção de 178,9 mil unidades em abril, número 19,4% menor do que os de março e 3,9% menor do que os do mesmo período do ano passado. Por fim, no acumulado do ano, houve a fabricação de 714,9 mil veículos.

Isso representa uma alta de 4,8% sobre o primeiro quadrimestre de 2022.




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