O governo federal anunciou um pacote de medidas para o setor automotivo com o instituto de baixar os preços de carros populares. A proposta é reduzir os impostos dos automóveis para oferecer descontos de 1,5% até 10,79% no valor dos produtos.
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O benefício será calculado com base no custo atual do veículo, na emissão de poluentes e na cadeia de produção. De forma geral, quanto mais barato, limpo e nacional for o carro, maior será o desconto.
“Receberão um corte maior nas alíquotas os veículos que já são mais baratos, mais eficientes em consumo de combustível e emissão de poluentes e que tenham sido produzidos no Brasil, com maior nível de nacionalização de seus componentes”, explica superintendente de conteúdo da Mobiauto, Leonardo Félix, à Jovem Pan.
“Temos modelos como o Fiat Mobi, que é nacional e um dos carros mais baratos à venda atualmente, mas alcança apenas nota C no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro em sua categoria. Ele é mais poluente que um Renault Kwid, vendido pelo mesmo preço e igualmente nacional, só que mais eficiente em consumo e emissões. Já um Peugeot 208, atualmente quase tão barato quanto os dois, é produzido na Argentina e, assim, pode deixar de receber parte dos benefícios”, acrescenta.
Queda esperada
As regras e critérios para a redução serão divulgados posteriormente pelo governo, mas o especialista acredita que o automóvel com mais chances de receber a redução de 10,79% é o Renault Kwid. Nesse sentido, a Mobiauto preparou uma estimativa dos novos valores de carros populares após o corte de tributos no Brasil, confira:
- Renault Kwid Zen: de R$ 68.990 por R$ 61.500
- Fiat Mobi Like: de R$ 68.990 por R$ 62.900
- Peugeot 208 Like: de R$ 69.990 por R$ 65.900
- Citroen C3 Live: de R$ 72.990 por R$ 65.800
- Fiat Argo 1.0: de R$ 79.790 por R$ 73.300
- VW Polo Track: de R$ 81.370 por R$ 75.000
- Hyundai HB20 Sense: de R$ 82.290 para R$ 75.900
- Chevrolet Onix 1.0: de R$ 84.390 para 77.800
“O anúncio do carro popular vem como uma medida para estimular as vendas dos veículos 1.0 e também para retomar o estímulo à indústria automobilística. O Brasil sempre foi muito conhecido internacionalmente pela sua grande parceria com as grandes montadoras do mundo. O governo federal busca retomar essa trajetória de importância para a atividade econômica brasileira”, pontua o mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB), Ciro de Avelar.
Segundo Avelar, a “simplificação dos carros 1.0” pode baixar os preços dos populares para a faixa entre R$ 50 e R$ 60 mil. “A gente pode esperar menos tecnologia, mas sem prejudicar itens de segurança”, completa.
