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‘Tínhamos um acordo’: jogador do Santos é ameaçado de morte por quadrilha

Após se tornar alvo da operação Penalidade Máxima, as conversas do jogador com a quadrilha mostraram que o atleta já devia R$ 1 milhão.



O Ministério Público de Goiás realizou uma nova denúncia pela Operação Penalidade Máxima, cujo objetivo é identificar integrantes de uma quadrilha e jogadores de futebol que recebem propina para alterar os resultados das partidas. Dessa vez, o MP-GO divulgou uma série de mensagens do jogador do Santos, Eduardo Bauermann.

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Nos textos recebidos, o atleta prestava contas com um dos integrantes do grupo criminoso sobre o porquê de não ter cumprido com o combinado na ocasião. Segundo o acordo firmado entre o rapaz e a quadrilha, Bauermann deveria levar um cartão vermelho na partida contra o Botafogo, durante o Campeonato Brasileiro de 2022.

Apesar disso, o jogador não realizou tal feito.

Assim que a partida acabou, a quadrilha percebeu que Eduardo não havia cumprido a sua parte no arranjo, então as ameaças começaram a ser feitas. Em resposta, o zagueiro do Santos firmou um acordo no qual deveria pagar R$ 1 milhão ao grupo por não ter feito a sua parte e, por consequência, ter causado um prejuízo aos envolvidos.

Jogador foi afastado do Santos

Com a revelação das conversas entre o atleta e a quadrilha, Bauermann foi afastado do Santos nesta terça-feira, 9. Em nota, o clube afirmou que “o Santos FC não tolera desvios de conduta e de ética”. Dessa forma, o jogador segue afastado dos treinos do elenco profissional e segue apenas realizando atividades físicas no CT Rei Pelé.

Em relação ao envolvimento de Eduardo com a quadrilha, a informação foi dada por Romário Hugo dos Santos, o Romarinho, um dos financiadores do esquema. No dia da partida entre Santos e Botafogo, Romarinho demonstrava nervosismo em uma conversa com uma mulher chamada Beatriz, devido ao fato de o jogador não ter recebido cartão vermelho ainda no primeiro tempo como havia combinado.

O cartão vermelho de Bauermann veio somente após o fim do jogo. Romarinho aguardou para saber se o site de apostas iria considerar o cartão recebido pelo zagueiro ou não. Ao perceber que a penalidade não foi aceita para a aposta, o membro da quadrilha afirmou que Eduardo iria morrer graças ao seu prejuízo de R$ 2,8 milhões.

Acordo entre Bauermann e apostas

No dia 11 de novembro, um dia após o jogo em que atleta deveria ter cumprido com a sua parte do combinado, Beatriz diz a Romarinho que o jogador deveria pagar pelo menos o valor que o integrante tinha gasto na aposta. Com isso, o membro da quadrilha afirma que já havia feito um acordo com o jogador.

Bauermann deveria pagar R$ 1 milhão, que seria parcelado em 20 prestações.

Em fevereiro e em março de 2023, o rapaz foi alvo de novas ameaças de uma pessoa não identificada, alegando atraso no pagamento em questão. Nas mensagens, o cobrador tenta falar com o zagueiro várias vezes e não tem resposta. O zagueiro respondeu somente após uma nova ameaça: “Se você fizer eu sair daqui, a conversa vai ser diferente”.




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