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FGTS deve distribuir boa parte do lucro de R$ 15,37 bilhões aos trabalhadores

No ano passado, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço apurou lucro de R$ 15,4 bilhões. Trabalhadores devem receber uma parte.



Os trabalhadores brasileiros devem receber boa parte do lucro de R$ 15,4 bilhões registrado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2022. O valor representa um aumento de 16% em relação à quantia apurada em 2021.

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O plano inicial do governo é distribuir 90% do total entre os cotistas, garantindo que a rentabilidade do fundo fique acima da inflação. Além disso, a expectativa é atingir um valor semelhante em 2023.

A divulgação oficial do lucro deve ocorrer em julho, quando o Conselho Curador do FGTS costuma avaliar os dados. Já o depósito nas contas dos trabalhadores possivelmente será feito até o fim de agosto.

Distribuição

Todos os trabalhadores com saldo nas contas vinculadas até 31 de dezembro do ano passado recebem uma parte do lucro. Entretanto, o saque não pode ser feito a qualquer momento.

O dinheiro é incorporado ao restante do saldo das contas vinculadas ao trabalhador e só pode ser resgatado em situações previstas na legislação, como demissão sem justa causa, compra da casa própria, doença grave e outras hipóteses.

O valor pago a cada cotista é calculado com base no saldo disponível em suas contas vinculadas no último dia do ano passado. Assim, quanto mais recursos havia naquela época, mais lucro o trabalhador receberá.

Cenário favorável

Segundo técnicos com conhecimento sobre o assunto, o desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento da arrecadação e o retorno das aplicações do fundo. Desde 2016, a rentabilidade do FGTS ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apenas em 2021.

Em 2022, o governo pagou 99% dos lucros, o equivalente a R$ 13,2 bilhões. Se o mesmo valor for mantido em 2023, o retorno do fundo chegará a 7,85%, enquanto a inflação para o ano está prevista em 5,95%.

Outro motivo para manter a distribuição de um percentual alto do lucro é evitar o impacto negativo de uma decisão que está nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal). Se a chamada “revisão do FGTS” for aprovada, os cofres da União podem sofrer um impacto de R$ 661 bilhões, valor bem superior ao patrimônio líquido do fundo.




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