‘Foi um erro’: empresa faz 400 pessoas serem diagnosticadas com câncer

Empresa desenvolveu um exame de sangue que detecta 50 tipos de câncer, mas admitiu que enviou cartas erradas para cerca de 400 clientes.



Parece até mesmo uma história de novela, não é verdade? Mas é real. Uma empresa do setor de biotecnologia anunciou aos seus fornecedores que enviou centenas de cartas com um resultado incorreto de diagnóstico de câncer aos pacientes e fez muitas pessoas acreditarem que tinham a doença.

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Falha em teste da empresa causou polêmica

A companhia criou um exame de sangue que identifica diversos tipos de câncer e admitiu que entregou resultado errado para 400 clientes que o adquiriram. A Grail, empresa de biotecnologia, afirmou em comunicado enviado por e-mail a um dos seus fornecedores, que o problema foi gerado por uma configuração no software e que a questão já estaria solucionada. Ainda assim, muitas pessoas receberam a carta com o resultado errôneo.

Algumas o receberam mesmo não tendo fornecido material para a realização do exame.

De acordo com as informações, os consumidores que adquiriram o Galleri receberam as cartas. O produto da Grail em questão utiliza uma gota de sangue para detectar um marcador presente em 50 tipos de câncer e só está disponível por meio de prescrição médica. Uma parcela significativa dessas pessoas receberam as cartas com o erro e nem sequer haviam realizado a coleta de sangue para fazer, de fato, o tal exame.

Falha não tem relação com exame

A empresa explicou que a situação não foi causada por imprecisão do teste, mas sim por algo relacionado com o software do produto, usado para enviar mensagens padronizadas aos consumidores.

A questão foi descoberta quando o fornecedor PWNHealth enviou uma notificação à empresa, relatando que as cartas foram entregues do dia 10 a 18 de maio. Assim que a empresa ficou ciente do ocorrido, logo entrou em contato com os seus consumidores para assegurá-los de que todas as informações de saúde dos pacientes continuam seguras.

Todo o processo de resolução foi feito em apenas uma hora.

Uma questão que pode ter fortemente influenciado no erro foi a batalha regulatória da empresa Illumina, responsável pela Grail e os Estados Unidos. Na época em que a controladora adquiriu a Grail, a Federal Trade Commission pediu que a organização recuasse na aquisição, justificando que a inovação do mercado, assim como a concorrência, seria sufocada no que diz respeito aos testes de câncer.

Desde então, a disputa judicial parece ser intensa.

A empresa afirmou que abandonaria a aquisição, caso os recursos do teste Galleri apresentassem falhas.




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