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Lula diz que ser chamado de comunista é motivo de orgulho ‘muitas vezes’

Presidente afirma que prefere ser chamado de comunista e socialista do que de nazista, neofascista ou terrorista



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não se ofende em ser chamado de “comunista” ou “socialista”, garantindo que isso é motivo de orgulho “muitas vezes”. A fala ocorreu em Brasília, durante seu discurso de abertura no 26º Encontro do Foro de São Paulo.

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“Vocês sabem quantas vezes nós somos acusados. Vocês sabem quanta difamação e quantos ataques pejorativos se faz contra a esquerda na América do Sul. Nós não somos vistos pela extrema-direita fascista, nem do Brasil, nem do mundo, como organizações democráticas. Eles nos tratam como se nós fôssemos terroristas. Eles nos acusam de comunistas, como se nós ficássemos ofendidos com isso”, disse o petista.

“Nós ficaríamos ofendidos se nos chamasse de nazista, neofascista, de terrorista. Mas, de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha muitas vezes. E, muitas vezes, nós sabemos que merecemos isso”, acrescentou.

Esquerda sulamericana

O presidente declarou que o evento foi a primeira experiência latino-americana na qual a esquerda se reuniu para exigir espaços políticos. Segundo ele, a América do Sul teve seu melhor momento dos últimos em 550 anos entre 2002 e 2010, quando a esquerda governou.

“Foi a vitória na Argentina, no Chile, no Brasil, na Venezuela, no Equador. Foi a vitória, inclusive, de pessoas mais progressistas nos outros países que estiveram do nosso lado. Além da vitória do nosso companheiro Chávez na Venezuela. Nós vivemos um período de muita expansão, de conquista social e de participação política no nosso continente”, afirmou Lula.

O petista prosseguiu dizendo que em nenhum outro momento histórico as Américas do Sul e Latina tiveram tantas “conquistas e tantas políticas de inclusão social como tiverem nesse período de 2000 a 2010, 2012, até 2015, quando fizeram o impeachment da Dilma”.

“Eu não creio que tenha havido um outro momento histórico em que a sociedade da América do Sul e da América Latina teve tantas conquistas e tantas políticas de inclusão social como tiverem nesse período de 2000 a 2010, 2012, até 2015, quando fizeram o impeachment da Dilma”, acrescentou.

Lula também pediu que a esquerda pare de se lamentar e reflita nos erros cometidos no passado para “tirar lições”.

“A gente não pode ficar a vida inteira criticando os outros. De vez em quanto, nós temos que olhar para dentro de nós e saber o que nós fizemos de errado, porque aconteceu aquilo. Por que que aconteceu o impeachment da Dilma? Foi só erro da extrema-direita ou nós temos erros enquanto partido político? De vez em quando, nós temos que pensar. Temos que meditar para conseguirmos evitar que novos erros atropelem a caminhada pela conquista da qualidade de vida do nosso povo”, completou.




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