O governo federal se comprometeu a reduzir impostos para baixar os preços de carros de até R$ 120 mil no Brasil. A medida animou a indústria automotiva e os consumidores que sonham em comprar um automóvel novo, mas não conseguem porque os preços estão muito altos.
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Apesar da novidade animadora, um anúncio do Ministério da Fazenda desagradou bastante gente. A ideia de cortar impostos para reduzir os preços não terá uma duração tão longa quanto esperado pelos possíveis beneficiados pela medida.
Logo após o anúncio das ações pelo ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) declarou que elas devem ficar em vigência por cerca de 3 ou 4 meses.
“Estamos falando de um programa que pode durar três ou quatro meses, não é estrutural”, afirmou em entrevista à GloboNews.
Segundo Haddad, a queda dos juros deve promover uma melhoria na realidade econômica e facilitar o acesso dos brasileiros ao crédito, o que dispensaria a necessidade de redução de impostos. A equipe econômica calcula um gasto de R$ 2 bilhões com o pacote de até 4 meses.
Redução esperada
Segundo Alckmin, os cortes no IPI e PIS/Cofins podem variar de 1,5% a 10,79%. A definição do desconto será feita com base em três critérios: valor do carro, emissão de poluentes e quantidade de componentes nacionais.
A ideia é baixar os preços dos modelos de entrada para cerca de R$ 70 mil. O Renault Kwid e o Fiat Mobi, que hoje custam aproximadamente de R$ 68 mil e sã os carros mais baratos do país, passariam a custar por volta de R$ 61 mil.
Caminhões
A equipe econômica estuda oferecer incentivos para a compra de caminhões como parte do novo pacote. O plano é também é incentivar a renovação da frota de veículos de transporte do país.
O meta surgiu no fim do ano passado, quando o ex-presidente Bolsonaro regulamentou o Programa Renovar para estimular a retirada de veículos com mais de 30 anos ou fora dos parâmetros técnicos de rodagem. Na época, existiam cerca de 3,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil, sendo 26% deles com mais de três décadas de fabricação.