Existem momentos em nossos relacionamentos em que nos encontramos agarrados ao que já não nos serve mais. Seja ele amoroso, uma amizade ou até mesmo um vínculo familiar, a decisão de deixar ir pode ser dura. No entanto, é importante reconhecer que essa resistência em dar fim a vínculos infelizes pode ser consequência de tendências psicológicas e receios que afetam nosso processo de tomar decisões.
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Continuar em um relacionamento nocivo pode ter um efeito significativo em nossa saúde mental, emocional e física. Pode resultar em estresse persistente, ansiedade, depressão e uma sensação geral de insatisfação na vida.
3 armadilhas mentais que podem estar mantendo você preso em relacionamentos prejudiciais
O viés do investimento (também conhecido como viés do comprometimento)
Muitas pessoas permanecem em relacionamentos infelizes devido ao viés do compromisso, que as leva a continuar investindo na relação mesmo quando os custos superam os benefícios. Esse apego é resultado do tempo, esforço e energia emocional já atribuídos, levando à esperança de melhora baseada em dedicações passadas.
No entanto, é fundamental uma avaliação objetiva dos prós e contras do relacionamento, considerando se ele realmente atende às necessidades pessoais e contribui para o crescimento individual.
A preferência pelo conhecido (também conhecido como viés da estabilidade)
O viés da estabilidade se refere à inclinação de manter as coisas como estão, mesmo quando existem opções mais favoráveis disponíveis. O receio da mudança pode nos paralisar, levando-nos a suportar um relacionamento infeliz em busca de familiaridade e estabilidade.
Esse viés é alimentado pela previsibilidade das dinâmicas e pela sensação de segurança que temos com nosso atual parceiro. Podemos temer prejudicar os sentimentos da outra pessoa, evitando incertezas e complicações que surgiriam ao iniciar um novo relacionamento.
Para superar essa armadilha, é fundamental desafiar nossa zona de conforto, estar abertos à mudança e reconhecer que merecemos algo que promova nosso bem-estar e felicidade.
O medo do arrependimento (também conhecido como viés de omissão-comissão):
Esse viés ocorre quando consideramos que o dano causado por uma ação é pior do que o dano causado por não fazer nada. Esse medo pode dificultar a saída de um relacionamento prejudicial devido às possíveis consequências negativas.
É importante entender que o arrependimento depende do contexto e dos resultados anteriores, de acordo com um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology. Às vezes, arrependemo-nos de correr riscos desnecessários quando as coisas vão bem, enquanto em outros casos, arrependemo-nos de não agir diante de resultados negativos.
Para superar, é fundamental reenquadrar sua perspectiva sobre o arrependimento e lembrar que agir em prol do seu bem-estar é um passo corajoso em direção à felicidade e plenitude.