O Nubank divulgou resultados recordes em seu primeiro balanço do ano, chegando a marca de R$ 1 bilhão no lucro ajustado da operação brasileira. Em relação ao retorno sobre o capital anualizado, ele foi ajustado de 43% no país, logo é um dos mais altos no setor. Ao decidir realizar IPO no final de 2021 na New York Stock Exchange (NYSE), a fintech foi desacreditada pelo mercado brasileiro, mas apoiada por analistas estrangeiros.
Leia mais: Sentiu o impacto? Nubank supera Banco do Brasil e ganha terreno no país
“O mercado está subestimando a capacidade do Nubank de gerar crescimento e rentabilidade”, afirmou o time de Morgan Stanley, que sempre acreditou que a fintech estava bem posicionada para “construir uma das maiores e mais valiosas franquias em serviços financeiros da América Latina”.
A situação do banco no mercado brasileiro começou a mudar em 2022, quando apresentou uma lucratividade recorrente. Em maio deste ano, o Itaú BBA recomendou a compra de papéis da empresa.
“O Nubank está provando que tem conexões com clientes e capacidade de ganhos superiores, mesmo em um cenário macroeconômico adverso, com lucros maiores que todos os bancos digitais combinados”, declarou.
Fórmula de sucesso do Nubank
A fórmula utilizada pela fintech para geração de lucro da empresa vêm apresentando bons resultados. Em resumo, os resultados financeiros robustos aumentam a cada inovação e qualidade no produto final ofertado aos seus clientes. O primeiro fator desse “segredo” é o aumento do número de clientes, que já está ultrapassando 80 milhões na América Latina. Seguindo na fórmula da fintech, encontramos a monetização da base.
Devido ao seu catálogo cada vez maior de produtos que simplificam a vida financeira dos clientes, o número de pessoas que usam o Nubank como conta principal só tem aumentado. Dessa forma, cerca de 82% dos clientes totais são ativos da empresa. Desse total, 57% já usam a plataforma como o seu principal provedor de serviços financeiros, o que aumenta a possibilidade de venda dos novos serviços e produtos.
Mercado já estava preparado para o banco
Durante o evento de aniversário de dez anos da fintech, os fundadores avaliaram que eles próprios subestimaram o potencial que a empresa tinha no mercado. “O mercado estava muito mais pronto para o Nubank do que a gente imaginou”, afirmou o fundador e CEO da fintech, David Vélez.
Nas projeções feitas em 2013, a empresa previa ter somente 1 milhão de clientes em 2019. Naquele ano, a fintech atingiu a marca de 20 milhões de usuários. Além disso, os ganhos da empresa também começaram a surgir. No México, a fintech acabou de lançar a sua conta de depósitos e conseguiu 500 mil clientes em apenas uma semana.
Segundo Cristina Junqueira, o segredo foi o de sempre: resolver a vida dos usuários. “Tudo que fizemos foi pensando em entregar o melhor para eles: um atendimento humano, que os escutasse de verdade, uma interface intuitiva, um produto tão bom que todo mundo iria querer”, afirmou.