Um alerta foi emitido pela Vigilância Epidemiológica da Bahia, após a ocorrência de cinco casos e um óbito por conta da doença de Chagas, que pode ser transmitida, por exemplo, pelo consumo de açaí e caldo de cana contaminados.
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A doença de Chagas é causada pelo parasita Trypanosoma cruzi e é transmitida quando um inseto barbeiro pica uma pessoa que, ao coçar o local, permite que o parasita presente nas fezes do inseto penetre na pele.
Além da forma mais conhecida de transmissão, através da picada do barbeiro, a infecção também pode ocorrer por meio do consumo de alimentos contaminados. Atualmente, cerca de 70% dos casos da doença de Chagas são transmitidos assim, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Açaí e caldo de cana estão na lista de alimentos com mais contaminação
Os principais alimentos que podem transmitir a doença são o açaí e o caldo de cana, quando podem ficar contaminados em sua forma natural. No caso do caldo de cana, o problema ocorre quando as fezes do inseto acabam sendo moídas junto com a cana-de-açúcar, contaminando o alimento. Já o açaí industrializado não oferece risco, pois passa por processo de aquecimento e lavagem, tornando-se seguro para o consumo.
Para evitar a contaminação, é importante higienizar corretamente os alimentos antes de consumi-los e evitar alimentos de procedência duvidosa ou locais com baixa higiene. Também é necessário verificar se o estabelecimento possui aprovação da Vigilância Sanitária, sendo obrigatório que o certificado esteja visível para o consumidor. No caso do açaí vendido em potes, é importante verificar se a marca possui o selo da Vigilância Sanitária.
A doença de Chagas pode ser aguda, geralmente assintomática, ou crônica, podendo causar sintomas graves. Na fase crônica, o paciente pode apresentar complicações cardíacas, como arritmias e aumento do volume do coração.
O diagnóstico da doença é feito por meio de exame de sangue e diversos sinais podem indicar a presença da doença, como febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas, e lesões semelhantes a furúnculos no local da picada do barbeiro.
Caso a doença não seja tratada, a fase aguda pode evoluir para a crônica, podendo causar complicações cardíacas e digestivas, como insuficiência cardíaca, megacólon e megaesôfago.